O estágio é opção para todas as gerações

O estágio é opção para todas as gerações

Não existe idade para participar da modalidade

O estágio é a melhor alternativa para inserção no mercado de trabalho. Afinal, o participante vive na prática toda a teoria aprendida na sala de aula. Sendo assim, forma-se um profissional mais qualificado para atuar na carreira escolhida. No entanto, muita gente não sabe, mas o programa é dedicado para pessoas de qualquer idade. Saiba mais nesta matéria.

Os atuais desejos dos jovens no mercado de trabalho

Os jovens de hoje procuram oportunidades com remunerações competitivas, crescimento na carreira e perspectiva de futuro, de acordo com pesquisa global realizada pós-pandemia entre a Aliança Global pelos Jovens e a Global Shapers Community, impulsionada pela NielsenIQ. Segundo o estudo, os entrevistados também querem horários flexíveis e se mostram confiantes de ter as qualificações certas para conquistar um emprego na área nos próximos cinco a dez anos.

Para eles, as empresas devem se responsabilizar pela saúde mental de seus colaboradores, fornecer acesso digital e cumprir com seus compromissos de sustentabilidade. O levantamento identificou o desemprego juvenil e as mudanças climáticas como as duas questões globais mais críticas.

Nesse sentido, o estágio surge como ótima solução. “É permitido o recrutamento de estudantes com o objetivo de aperfeiçoá-los. Financeiramente, essa forma de contrato é vantajosa para as organizações, pois não envolve encargos trabalhistas como acontece na CLT. Ou seja, há isenção de FGTS, INSS, 1/3 sobre férias e 13º salário”, explica Joyce Rocha, auxiliar administrativo financeiro da CDL Uberlândia, associada à Abres.

Essa geração foi a mais afetada pela Covid-19. Eles precisam de ajuda para entrar e se desenvolver no mundo corporativo, pois enfrentaram essa crise em um momento crucial de suas vidas. Dessa forma, foram prejudicados na transição entre a adolescência e a vida adulta.

Essa iniciativa é interessante pois os indivíduos não precisam largar os estudos para trabalhar. Afinal, só estão aptos à modalidade, os estudantes matriculados em instituições de ensino superior, profissional, médio e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos – EJA.

Além disso, a contratante deve ofertar uma bolsa-auxílio, sem valor determinado por lei, de acordo com as atividades realizadas, o custo de vida do local e os requisitos exigidos. O aluno também tem direito a auxílio-transporte, quando houver necessidade de deslocamento. Ou seja, não acontece em caso de home office.

Aliás, esse é um ponto determinante. Atualmente, várias vagas são disponibilizadas no modelo remoto. Dessa forma, as corporações podem buscar por candidatos de qualquer localidade. Logo, surge a chance de um morador de uma cidade pequena atuar em um grande centro e o gestor pode encontrar o perfil ideal para o seu negócio.

Por fim, é celebrado um Seguro de Acidentes Pessoais. Ele vem anexado ao Termo de Compromisso de Estágio – TCE e abrange situações ocorridas durante o período de vigência do compromisso, 24 horas por dia, em todo território nacional. Os capitais segurados cobrem morte ou invalidez permanente, total ou parcial. Os valores de indenizações constam no Certificado Individual de Seguro de Acidentes Pessoais e são compatíveis com o mercado.

Os mais experientes também podem estagiar

O etarismo refere-se à discriminação baseada no estereótipo de idade. Embora nem sempre seja explícito, esse preconceito causa prejuízos sociais relevantes, especialmente no ambiente empresarial. Os mais maduros muitas vezes são excluídos de processos seletivos, dispensados ou deixados de lado dentro das companhias.

No entanto, esse pensamento é ultrapassado e impacta negativamente o resultado do empreendimento. Proatividade, curiosidade e outras características não dependem da idade. Isso não define a qualidade da entrega de alguém. Cada vez mais, é comum ver pessoas com mais de 50 anos buscando uma oportunidade, pois precisam de renda ou desejam manter-se produtivos.

Essas pessoas, por terem mais vivência, podem auxiliar os jovens em questões do dia a dia, como de inteligência emocional e gestão de crises. Eles possuem competências para complementar o entusiasmo dos novatos e, por isso, o ideal é equilibrar o time. Dessa forma, podem ter opiniões e ideias determinantes em momentos de dificuldade ou para elaboração de novas estratégias.

Ademais, essa alternativa é boa para os mais velhos também pela carga horária limitada em seis horas diárias e 30h semanais. Com isso, eles podem conciliar a prática com os estudos e também com o lado pessoal, para aproveitar com a família. “A cada 12 meses na mesma entidade, são disponibilizados 30 dias de recesso remunerado. Ideal para curtir as férias”, complementa Joyce.

Pensando em combater o estereótipo, a mentora de carreira, autora e palestrante, Gisele Miranda, listou motivos para os recrutadores olharem com bons olhos para esses aspirantes:

Diversidade: esse é um aspecto muito valorizado e é praticamente impossível uma organização ser bem-sucedida se não tiver um ambiente diverso. “Isso beneficia não somente o colaborador como a empresa como um todo, pois estará mais alinhada à realidade de hoje, cada vez mais voltada para a inclusão”, diz Gisele.

Experiência e conhecimento: por terem passado por situações desgastantes, os mais vividos têm uma visão mais ampla e jogo de cintura. “São mais habilidosos para lidar com momentos de crise de um modo mais leve, por isso não ser novidade para eles”, resume.

Exemplo para os mais jovens: o conhecimento é passado de uma geração para outra. “Essa troca pode ser frutífera para o estabelecimento”, afirma a mentora. Dessa maneira, de acordo com a especialista, há apenas benefícios nessa relação, pois pode transformar e melhorar qualquer ambiente. Para ela, “a união entre o passado e o presente faz o futuro”.

Marketing empresarial: o mundo está cada dia mais consciente em relação à importância de combater preconceitos. Por isso, incluir e defender a contratação dessas pessoas pode também auxiliar na estratégia de marketing. “É possível, nesse caso, juntar o útil ao agradável. No entanto, é fundamental estar de fato engajado com essa causa. É preciso ter embasamento, caso contrário, será um tiro no pé”, pondera.

Turnover mais baixo: os mais experientes tendem menos a mudanças de rota. Desse modo, é mais difícil um pedido de desligamento ou abandono, pois muitos já descobriram suas vontades. “Isso não é uma regra, nunca é tarde para mudar. Aliás, quem pensar dessa forma estará praticando etarismo contra si mesmo. No entanto, na maioria dos casos, a chance de rotatividade é menor nessa fase da vida”, finaliza.

Portanto, promova essa prática em seu negócio e deixe sua equipe ainda mais forte. Assim, você estará ajudando também o Brasil na parte da educação e da economia. Juntos somos mais fortes!

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