O que buscam os recrutadores?

É preciso estar conectado com as tendências do mercado para se destacar

O estágio é um sonho para a grande maioria dos jovens. Vivenciar o dia a dia da sua futura profissão é algo extremamente valioso para eles. Entre janeiro e março, a quantidade de vagas aumenta para essa modalidade. Afinal, muitos terminam sua formação ou têm seus contratos encerrados. Com isso, trata-se de um momento chave para quem tem esse desejo. No entanto, é preciso saber quais as preferências dos recrutadores.

As preferências dos recrutadores

Em parceria com o Centro de Liderança da Fundação Dom Cabral, a Robert Half lança o estudo “Match Perfeito – o que buscam profissionais e recrutadores”. O estudo traz um raio-x sobre os anseios dos entrevistados em relação às oportunidades no mercado de trabalho, bem como as preferências dos recrutadores ao analisar potenciais candidatos. Entre alguns dos insights, está o fato de experiência prévia do candidato (88%), fit cultural (62%) e formação acadêmica (36%) serem os três fatores mais procurados.

Com a pandemia, algumas competências ganharam valor nas empresas. As chamadas soft skills são fundamentais para esse novo momento. Empatia, resiliência, resolução de conflitos e inteligência emocional são exemplos. Ademais, quando falamos de estágio, ter atuado em outros locais antes não deve ser um requisito. Afinal, conquistar “bagagem” é um dos principais objetivos do programa.

Para o diretor do Centro de Liderança da FDC, Paulo Ferreira, “melhorar a qualidade da correspondência entre as preferências das corporações e dos candidatos é fundamental para uma economia próspera. Ainda mais, quando paradoxalmente, o Brasil assiste a um aumento da taxa de desemprego”.

Nesse sentido, é interessante esclarecer as diferenças entre estagiário e CLT. “Na primeira, não se caracteriza vínculo empregatício. A formalização é feita por meio do Termo de Compromisso de Estágio (TCE), acordado entre a organização, instituição de ensino e aluno. Sendo assim, o acordo pode ser encerrado a qualquer momento, sem necessidade de cumprir o aviso prévio”, explica o auxiliar de recursos humanos da CDL de Uberlândia, Lucas Teixeira.

De acordo com a pesquisa, os fatores mais relevantes para o preenchimento de uma lacuna em aberto, são:

  • Experiência prévia (88%);
  • Aderência com a cultura organizacional (62%);
  • Formação acadêmica (36%);
  • Ser indicado por pessoas respeitadas no mercado ou na academia (31%);
  • Expectativa salarial (26%);
  • Localidade (11%);
  • Disponibilidade para início do contrato (5%);
  • Outro (5%);

Essas características podem variar de acordo com o porte da entidade. Conhecimento em língua estrangeira, por exemplo, é bastante exigido em algumas áreas. Com a popularização do home office, a questão geográfica perdeu importância em diversos segmentos. Dessa forma, é possível contar com integrantes de várias cidades, sem perder produtividade. Pessoas de pequenos municípios podem atuar em grandes metrópoles pelo mundo. No Brasil, isso se aplica a estagiários. 

O que buscam os profissionais?

Com as inúmeras mudanças na maneira de enxergar a vida, nos últimos anos, os jovens também têm preferências ao buscar uma oportunidade. “Quando falamos de atração de talentos, a inovação é a chave do sucesso. Tem sido cada vez mais importante divulgar as vagas de forma criativa, chamando a atenção dos interessados. Neste momento, transmitir o propósito da companhia é fundamental”, destaca Teixeira.

Sendo assim, os aspectos mais avaliados pelos aspirantes são:

  • Remuneração (68%)
  • Desafio proposto (41%)
  • Cultura da empresa (37%)
  • Benefícios não monetários (25%)
  • Conhecer membros do local (10%)

Estar ligado e atualizado nas tendências é essencial. Afinal, inserir esses estudantes no mundo corporativo traz inúmeros benefícios não só para eles, mas também para o país e a própria entidade. “Pode desenvolvê-lo e até efetivá-lo, o transformando em um ótimo funcionário. Além disso, há a isenção de encargos trabalhistas, como FGTS, INSS, 13º salário e 1/3 sobre férias”, complementa o especialista.

Portanto, abra a porta do seu negócio para essa juventude cheia de vontade de aprender e mostrar seu potencial. Assim, você estará ajudando também a economia e educação do nosso país. Juntos somos mais fortes!

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