Quase 30% dos jovens estão desempregados

O cenário é desafiador, mas há meios de vencer o problema

Antes mesmo da pandemia do coronavírus acometer o Brasil e o mundo, nos obrigando a seguir protocolos de isolamento social e quarentena, o país já passava por uma crise. Tal instabilidade já impactava a empregabilidade da população como um todo, contudo, a realidade é ainda mais dura para a juventude. 

É possível garantir um futuro próspero

A economia e diversos outros setores da sociedade sofreram com a Covid-19 e, hoje, os cenários já se mostram mais animadores. Entretanto, ainda há um árduo caminho a ser seguido para garantir um futuro próspero para toda a nação e um dos meios de garantir isso é pelo estágio. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o segundo trimestre de 2021 teve 14,1% de desemprego. O recorte para quem tem entre 18 e 24 anos de idade é preocupante: são 29,4% dessa parcela sem uma oportunidade de atuação profissional. Justamente por isso, a admissão de estagiários pode reverter o cenário. 

De acordo com a Lei 11.788/2008, a prática tem como objetivo favorecer a entrada da juventude no mercado de trabalho em união com a capacitação acadêmica. Dessa forma, só pode estagiar quem está no ensino médio, técnico, superior ou nos dois anos finais do nível fundamental da Educação de Jovens e Adultos (EJA). 

Essa medida garante para as empresas contratantes a possibilidade de contarem com talentos a serem lapidados, os quais podem unir os conhecimentos aplicados em sala de aula com a prática corporativa. A estratégia é favorecer, portanto, a inovação dentro dos quadros de colaboradores. 

Incentivos fiscais devem motivar a abertura de vagas

A iniciativa não gera vínculos empregatícios, logo, a organização fica isenta dos encargos trabalhistas, como FGTS, INSS, 13º salário, ⅓ sobre férias e verbas rescisórias. Esses incentivos fiscais servem justamente para motivar a abertura de vagas para os estudantes brasileiros. 

De acordo com o último Censo do Inep/MEC, são cerca de 17,2 milhões de alunos aptos a estagiar, enquanto apenas 900 mil deles conseguem uma colocação. Favorecer a entrada desse público no mundo empresarial garante os primeiros passos da independência financeira do jovem. O grande motor da economia é o poder de compra e autonomia dos mais novos. 

Logo, além de impulsionar os resultados internos de cada empreendimento, favorecer a seleção de estagiários também contribui com a recuperação do país. Quanto mais pessoas capacitadas e ativas na sociedade, mais realidades positivas são geradas para todos. Portanto, investir essa modalidade hoje pode ser a grande aposta para termos frutos sólidos amanhã. 

*Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios

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