Os jovens brasileiros estão esperançosos por uma vaga

Sem experiência, com pouca qualificação técnica e muita competitividade no mercado de trabalho, os jovens foram os mais afetados pela crise no Brasil. Assim, a taxa de desemprego da população brasileira de 18 a 24 anos passou de 23,8%, no 4º trimestre de 2019 para 27,1% no 1º trimestre deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Já são 58% deles à procura de emprego, de acordo com a pesquisa feita pela Microcamp,  com pouco mais de três mil participantes a partir de 14 anos de idade. Eles estão otimistas e confiantes com as novas oportunidades e profissões com a retomada dos negócios. Conforme o levantamento, entre as maiores dificuldades enfrentadas pelo grupo para conseguir uma chance, aparecem: exigência de muitos requisitos pelas empresas (apontada por 43,5% dos entrevistados), poucas vagas disponíveis (31,2%) e muita concorrência (17,1%). 

Além do mais, na percepção da maioria dos respondentes (37,2%), as companhias valorizam mais a experiência na hora de selecionar candidatos, seguida pela qualificação técnica (30.8%) e competências comportamentais (24,5). Contudo, grande parte deles não possui esses requisitos, logo, torna o desafio ainda mais difícil. 

Por isso, o estágio é uma alternativa para esse público, pois além de promover a vivência corporativa, ainda oferece renda para a manutenção dos estudos. “Sua prática só é permitida para quem está regularmente matriculado e frequentando uma instituição de ensino. Ou seja, ao estagiar o jovem precisa se manter estudando, mesmo a distância. Logo, é uma maneira de não aumentar a evasão escolar, principalmente, em um momento crítico como esse”, expõe o presidente da Abres, Carlos Henrique Mencaci.

Busque conhecimento!

Nesse sentido, apesar de todas as dificuldades e do alto índice de desocupados, a juventude se mostrou confiante quanto às contratações, ainda conforme a Microcamp. Assim, após um longo período de distanciamento, a tendência é o comportamento deles mudar em relação ao trabalho: 37,1% estimam estar mais individualistas, enquanto 31,4% esperam ser flexíveis e ter mais facilidade para se adaptar às mudanças. Por fim, 24,2% preveem ter mais responsabilidade no serviço.

Então, durante esse período de recolocação e inserção no mundo corporativo uma dica importante é se especializar e adquirir o máximo de conhecimento possível. Conforme estudo do Google, o interesse por cursos on-line bateu recordes, sendo a procura pelo aprendizado do inglês, por exemplo, a maior desde 2015. 

Esse tipo de atitude permite aos estudantes criar novas perspectivas e deixar o currículo mais atraente. “Essa categoria é uma opção mais barata e com flexibilidade de tempo e espaço. Certamente fazem a diferença no CV e destaca-se em meio a concorrência”, complementa Mencaci.

Para o presidente, o mercado de estágios está reaquecendo e, por isso, é hora de se dedicar para conquistar a tão sonhada oportunidade. 

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