Educação e trabalho: qual será o futuro dos jovens brasileiros?

Educação e trabalho: qual será o futuro dos jovens brasileiros?

Segundo dados do Ministério da Educação, aproximadamente 47,9 milhões de crianças e adolescentes brasileiros, só na Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio) estão sem aulas presenciais. Ainda, estima-se a prorrogação da situação por um período indeterminado diante da pandemia. 

Isso tem impactos na aprendizagem a médio e longo prazos. Nesse sentido, para tentar exemplificar as dimensões desses efeitos, o projeto “a educação não pode esperar” realizado pelo Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE-IRB) e Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) com outros parceiros, teve como base o estudo de Wills (2014). Essa análise investigou como greves de professores afetaram o desempenho dos alunos no Ensino Fundamental na África do Sul. 

Assim, apesar da duração da greve representar apenas 7% dos dias oficiais do ano letivo, o efeito sobre o ensino dos estudantes foi equivalente a ¼ de ano perdido. Isso, tendo como premissa a equivalência desse tempo, no Brasil, a 14 dias. Ou seja, cerca de 40% de todo aprendizado previsto para um período acadêmico. Por isso, a interrupção das aulas, devido ao distanciamento social, já supera significativamente esse total de dias. 

Ensino a Distância e Estágio são alternativas

Em vista disso, o Ensino a distância (EAD) é uma alternativa. Inclusive para os jovens manterem ou iniciarem um estágio, mesmo durante esse cenário. Logo, a Medida Provisória 927/2020 prevê o home office para estagiários, com a necessidade de um supervisor para orientação das tarefas, conforme recomenda a Lei 11.788/2008. Dessa forma, conserva-se também a oportunidade de inclusão no mercado de trabalho.

São duas medidas alinhadas, pois o ato educativo escolar é voltado apenas para quem está regularmente matriculado em uma instituição de ensino. Ou seja, é preciso estar estudando para estagiar. Assim, assegura-se a educação e o profissional do indivíduo. 

Esses são fatores essenciais segundo pesquisa do Instituto Semesp: possuir formação superior diminui em 54% as chances de ficar desempregado. Isso é determinante para a juventude, pois a taxa de desocupação para o grupo chegou a 27,1% no primeiro trimestre deste ano, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Portanto, ao afetar a educação os impactos se alastram. Então, a modalidade é uma direção para movimentar o país e, também, diminuir as sequelas à economia. Dessa maneira, sustenta-se um futuro melhor da nossa nação.

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