O futuro da educação e o mundo digital

Já imaginou uma vida sem a tecnologia? Parece impossível, não é mesmo? Diante do cenário de isolamento social, nos vemos dependentes da Internet para trabalhar, estudar e nos comunicarmos com os demais. Por isso, tenho refletido sobre a importância das ferramentas virtuais, especialmente como agentes transformadores da educação no país. 

De acordo com o último Censo da Educação Básica do Inep/MEC, entre os anos de 2017 e 2018, as matrículas aumentaram 17% nos cursos a distância. Desse modo, já representam 24,3% das inscrições no ensino superior. Mesmo sendo uma participação menor, é a maior da modalidade em dez anos. 

Esse cenário, no entanto, só foi possível graças aos avanços tecnológicos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) de 2018, demonstrou aumento no percentual de brasileiros com acesso à web, passando de 69,8% para 74,7%.

Investir no ensino virtual, portanto, é um caminho benéfico para toda a sociedade. Muitos alunos não moram próximo aos campi, outros possuem jornadas de trabalho além de seis horas diárias, inviabilizando por vezes o deslocamento até as universidades. O ensino a distância permite uma maior flexibilidade e adaptação à rotina de cada um. 

Porém, não podemos nos esquecer também dos jovens sem esse alcance. Um recorte da pesquisa do Pnad evidencia ainda as fragilidades da democratização dessa alternativa. Segundo o estudo, uma em cada quatro pessoas no Brasil não possui a rede digital em casa.  Por isso, cobrar posturas de nossos representantes para investimento em tecnologia é de suma importância para incentivar a presença dos discentes em sala de aula, mesmo a distância. Não podemos perder grandes talentos por falta de infraestrutura básica.

É fundamental mencionar como a educação se torna motor essencial para a economia e bem social, pois apenas por meio dela conseguimos inserir milhares de alunos no mercado de trabalho. O estágio, também definido como ato educativo escolar supervisionado, visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, desenvolvendo o educando para a vida cidadã e para o trabalho. Além disso, fornece renda aos nossos educandos. Um verdadeiro investimento no futuro de nosso país.

Por isso, sempre alerto: o amanhã se constrói com a educação e devemos estimular cada vez mais práticas modernas e inovadoras. O Brasil agradece! 

Seme Arone Junior é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios

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