As áreas mais procuradas são as administrativas, de recursos humanos e de informática.
Neste segundo semestre, os estudantes que buscam ingressar no mercado de trabalho e ter um aprendizado diferente, por meio de estágios, já podem se planejar para pleitear as vagas que costumam surgir nesse período do ano. Só em Fortaleza e na Região Metropolitana, segundo o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), serão cerca de duas mil oportunidades, até o fim de 2014.
Em todo o País, a expectativa é de que sejam ofertadas cerca de 24 mil vagas nessa modalidade, de acordo com o Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube). “As áreas mais demandadas são as administrativas, além das oportunidades nas áreas de recursos humanos e informática. Os cursos de engenharia, pedagogia e direito também são bastante demandados”, lista a supervisora do CIEE Fortaleza, Yvina Egídio.
O segmento que mais capta estagiários nesse período, de acordo com a supervisora, é o do varejo, devido ao aquecimento do comércio com as compras de Natal e do fim do ano. A reposição das vagas nas empresas é outro fator que influencia o surgimento de novas oportunidades de trabalho nessa época.
“Esse é um período de transição, quando os estagiários são efetivados ou desligados das empresas, e quando se encerram alguns contratos, o que explica o número maior de vagas”, explica o coordenador de filial do Nube, Rafael Oliveira.
Baixa procura
A quantidade de vagas ofertadas não corresponde, entretanto, à procura dos estudantes para preenchê-las. De acordo com a última pesquisa da Associação Brasileira de Estágios (Abres), dos sete milhões de brasileiros cursando nível superior, apenas 10,51% estão participando de algum tipo de treinamento.
“No Nordeste, temos um milhão e 434 mil estudantes no ensino superior. Desses, somente 56 mil fazem estágio”, acrescenta Oliveira. A região Nordeste, segundo a Abres, concentra 20,4% dos estudantes universitários do País, mas apenas 7,6% dos estagiários de nível superior.
A baixa procura dos jovens por uma praticagem, segundo Oliveira, é uma realidade percebida em todo o País, motivada, entre outros fatores, por uma espécie de comodismo. “A juventude, muitas vezes, tem dificuldade em sair dessa vida de rede social. A gente vê muito dessa ideologia de carreira sendo aplicada na Internet, mas pouco é aplicado na prática”, avalia o coordenador do Nube.
Cadastro
Nesse cenário, Oliveira reforça a importância de uma explicação mínima das ferramentas que o estudante dispõe para entrar no mercado de trabalho, logo que ingressar na universidade. “Quando você coloca seu nome na lista dos agentes de integração, esse retorno não é imediato, por isso é importante que o jovem tenha essa percepção de dar os primeiros passos, assim que entrar na faculdade”, orienta, apontando o estágio também como maneira de o aluno perceber se realmente fez a escolha certa de curso.
Quem já garantiu um estágio deve estar atento à adoção de posturas que podem render, no futuro, a efetivação na empresa. “É importante que a pessoa demonstre interesse em aprender, conheça a estrutura de funcionamento do local de trabalho e se mostre comprometida também com os resultados da empresa”, aconselha o consultor em RH, Cleber Andriotti Castro. Esse comportamento, acrescenta, além de despertar o interesse da empresa para contratação, contribui para incrementar as experiências que constarão no currículo do futuro profissional.