Cartilha orienta estudantes e empresas sobre a Lei do Estágio

O Ministério do Trabalho lançou uma cartilha para orientar estudantes,
empresários e escolas sobre a Lei do Estágio. Na cartilha, o leitor vai
encontrar resposta para 70 perguntas sobre o assunto.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Estágios (Abres), Seme Arone
Júnior, as dúvidas são as mais diversas, como, por exemplo, a que trata do
recesso do estagiário. A lei determina que a cada ano de estágio o estudante
tenha 30 dias de recesso remunerado. Se ele estagiar meio ano, terá direito a
metade do tempo: 15 dias. Se estagiar um ano e meio, serão 45 dias, explicou
Arone em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio
Nacional
.

Outra dúvida comum, de acordo com o presidente da Abres, é sobre a anotação
do estágio na carteira de trabalho. A prática não é obrigatória para as
empresas, apesar de ser muito solicitada pelos estudantes.

O estudante gosta de ter a anotação na carteira porque comprova que teve
aquela experiência. O estágio é uma forma dele aprender na prática o que vê na
teoria, melhorando as chances de ser efetivado ou arrumar um emprego. Mas, se a
empresa não quiser fazer, não é proibido nem obrigatório, explicou.

Ministério publica nova cartilha sobre lei do estágio

Mesmo dois anos depois da nova lei do estágio, muitos empregadores ainda têm
dúvidas na hora da contratação. Pensando nisso, o Ministério do Trabalho e
Emprego publicou uma nova cartilha para dirimir essas dúvidas. A expectativa é
acabar de uma vez por todas com os pontos não claros sobre a lei e aumentar a
oferta de vagas no País.

Para obter a cartilha, click no link:

Leia a
nova cartilha

Com 70 perguntas e respostas relacionadas à Lei nº. 11.788, o MTE buscou
explicar assuntos como período de almoço na jornada do estudante, o recesso
remunerado, procedimentos quanto ao horário de provas, obrigações de empresas e
escolas, além de questões específicas como A estudante gestante pode
estagiar?.

Segundo Seme Arone Junior, presidente da Associação Brasileira de Estágio
(Abres), a nova cartilha é de grande importância. Após a publicação da Lei,
faltava uma decisão política do Governo sobre como seriam interpretadas as
regras para evitar problemas com fiscalização e estimular as empresas a
contratarem jovens talentos, afirma. Hoje as obrigatoriedades foram explicadas
e a realidade deve ser outra, pois há mais clareza e não existem mais dúvidas
sobre as questões da legislação, reforça.

Atualmente, há no Brasil 5 milhões de estudantes no Ensino Superior e,
apenas, 650 mil fazem estágio (13,3%). No Ensino Médio/Médio Técnico, são 8,3
milhões e somente 250 mil estagiam (3,01%), de acordo com a associação. Para a
Abres, com as novas explicações, as empresas ficarão ainda mais seguras para
contratar os alunos. Dessa forma, será possível cumprir o papel social de
inserir ainda mais jovens no mercado de trabalho.

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