Dos 4,8 milhões de universitários brasileiros, somente 13,3% conseguem estagiar. Foi o que constatou o último levantamento realizado pela Abres (Associação Brasileira de Estágios). Segundo o estudo, antes da aprovação da nova lei de estágio, o setor movimentava 1,1 milhão de vagas. Hoje, esse número é de 900 mil, sendo 650 mil para o Ensino Superior.
A concentração de vagas está na região Sudeste, onde há oportunidades para 390 mil estudantes de nível superior. Em seguida, aparecem o Sul (155 mil), o Nordeste (50 mil) e o Centro-oeste (38.500). Com 373.500 vagas a menos que a líder do ranking, o Norte ocupa a última posição (16.500).
Mesmo com a redução de 200 mil oportunidades e o aumento do déficit de vagas para os estudantes brasileiros, o levantamento aponta ainda a ausência de candidatos em determinadas áreas. De acordo com pesquisas realizadas pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), de cada dois desempregados, um é jovem e tem entre 15 e 24 anos. Entre os motivos apresentados pela Abres estão a falta de domínio da língua portuguesa, de ferramentas de informática e postura inadequada.
As ofertas são maiores para estudantes de Administração de Empresas, Comunicação Social e Informática. No entanto, o levantamento da Abres ressalta a falta de estagiários nas áreas de Engenharia, Estátistica, Matemática, Biblioteconomia, Economia, Secretariado-Executivo e Ciências Contábeis. Nesse caso, as empresas oferecem para esses jovens talentos as bolsas-auxílio mais altas.