Fonte: Segs |
Atividade proporciona renda e experiência, com carga horára reduzida
Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o desemprego ficou em 31% para pessoas de 18 a 24 anos e 14,3% quando observada a população em geral. Essa disparidade já ocorre há muito tempo e traz preocupação sobre o futuro dos jovens. No entanto, existe uma prática capaz de proporcionar renda e foco na qualificação dessa faixa etária: o estágio!
Quando analisamos o cenário educacional, notamos a necessidade dos estudantes brasileiros terem oportunidades de obter renda sem largar a escola ou faculdade. Quase 60% dos alunos brasileiros entre 15 e 29 anos, em algum momento de suas vidas, conciliou trabalho com estudo. Os dados são de pesquisa do Ministério da Educação (MEC), Organização dos Estados Interamericanos (OEI) e Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
Quem já precisou equilibrar um expediente CLT com aulas, trabalhos e provas, sabe: é uma rotina desgastante. Isso sem falar nas pessoas com a necessidade de cuidar de uma família. Por isso, muitos acabam abandonando a formação para focar muito cedo apenas no labor. Contudo, essa situação cria profissionais pouco qualificados para competir no mercado e, consequentemente, com empregabilidade reduzida.
A boa notícia é: o estágio surge como um conciliador da experiência prática, renda e educação. Afinal, ao mesmo tempo, proporciona a bolsa-auxílio, mas também determina uma carga limite de seis horas diárias e 30 semanais na corporação, proibindo períodos extras. Assim, é a melhor maneira de inserir as pessoas em formação no mundo corporativo.
O ato educativo escolar é uma parceria entre o estudante, empresa e instituição de ensino visando o conhecimento. Em muitos casos, o acordo conta ainda com um agente de integração. A corporação concedente também tem vantagens, pois fica isenta de encargos trabalhistas, tais como 13º salário, ⅓ sobre férias, FGTS e INSS.
Com a colaboração adequada de todas as partes, muitos jovens poderão ter as portas abertas para iniciarem sua trajetória profissional! As corporações são o ambiente ideal para o aprimoramento de talentos em fase inicial da carreira. O estagiário poderá ver na prática o funcionamento de sua profissão, desenvolvendo competências técnicas e comportamentais. Além disso, os participantes trazem o frescor das novas ideias e dinamismo de pensamento às equipes.
De acordo com levantamento da Abres, no total, são 8.758.237 alunos de ensino médio e técnico e apenas 214 mil estagiam (2,44%). Já no Superior, são 8.450.755 estudantes e, desses, apenas 686 mil estagiam (8,12%). Ou seja, há muita gente disponível aguardando uma oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Invista na qualificação da juventude!
*Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios