A modalidade é alternativa para reduzir a evasão escolar
Diante da pandemia, o sonho de conquistar o diploma e construir uma carreira para muitos jovens brasileiros esteve fragilizado. Isso porque com o alto índice de desemprego, muitos deles não conseguiram dar continuidade no financiamento dos estudos. Contudo, com o distanciamento social cerca de 47,9 milhões de crianças e adolescentes brasileiros estão sem aulas presenciais, segundo dados do Ministério da Educação. Assim o EAD – Ensino a Distância – tem ganhado protagonismo. Logo, essa, também, é uma alternativa para manter e continuar inserindo-os no mercado de trabalho por meio do estágio.
Muitos jovens trabalham para pagar a faculdade
De acordo com o estudo do DataPopular, 70% dos universitários conciliam a aprendizagem e serviço desde o começo do curso. Logo, no Brasil, a maioria dos estudantes precisa trabalhar para pagar a faculdade. Ou seja, sem um ensejo no mundo corporativo, muitos desistem das salas de aulas por falta de condições financeiras.
Assim, o número de inadimplência e, consequentemente, a evasão escolar aumentam progressivamente como observamos o crescimento de 71,1% só na primeira quinzena de abril, conforme o Instituto Semesp (Associação Profissional das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo). No entanto, se esse grupo tivesse acesso ao estágio, essa realidade poderia ser diferente.
Atualmente, a maior parte do conteúdo de planejamento financeiro é desenvolvido para quem já tem uma renda e não para quem está estudando. “Alguns tipos de gastos são bem característicos desse período da vida, desde a despesa com o ensino, até livros, computador ou algum equipamento específico da profissão. São realidades fora das regras prontas dos especialistas da área sobre quanto gastar e poupar”, analisa a diretora de inovação da Provi, Ana Baraldi.
Nesse contexto, para a dirigente, torna-se essencial abordar esse assunto no momento de escolha do curso, onde fazer ou qual a quantia de dinheiro será necessário, por exemplo. “O começo é muito parecido com uma planificação monetária tradicional: entender as entradas e as saídas. Bem como, é muito importante conversar com quem já está dentro da formação para compreender os valores básicos como o preço do café na cantina, até a carga de textos e livros a serem adquiridos, pois implicarão em novos gastos”, explica Ana.
Estágio é aliado da educação
O foco da nação deve ser na educação da juventude. Por isso, no cenário atual é preciso oferecê-los recursos para o financiamento da entidade. Logo, o estágio é a opção primordial de inserção desse público no mercado de trabalho.
Nesse sentido, essas são medidas alinhadas, pois o ato educativo escolar é voltado apenas para quem está regularmente matriculado em uma instituição de ensino. Ou seja, é preciso estar estudando para estagiar. Assim, assegura-se o aprendizado e o start profissional do indivíduo.
Logo, esses são fatores essenciais, pois de acordo com a pesquisa do Instituto Semesp: possuir formação superior diminui em 54% as chances de ficar desempregado. Para essa faixa etária, isso é determinante, pois a taxa de desocupação para o grupo chegou a 27,1% no primeiro trimestre deste ano, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Portanto, quem investe no estágio, potencializa a educação e promove o futuro do país.