Fonte: PraCarreiras
De acordo com as informações do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados, a pandemia do COVID-19 fez crescer novamente a taxa de
desemprego.
Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), em maio de 2020 a taxa de desocupação atingiu 12,9%.
Analisando
os jovens entre 18 e 24 anos, essa taxa chegou a 27,1% no primeiro
trimestre do ano, resultado que é atribuído, dentre outros fatores, à
falta de experiência entre esse grupo que.
Estágio durante a pandemia: concorrência com a massa de desempregados
Além
dessa barreira, ainda concorrem com a grande massa de desempregados,
que muitas vezes podem possuir mais conhecimento e expertise.
Os
jovens que buscam oportunidades para ingressar no mercado de trabalho,
enfrentam inúmeras dificuldades e passam por um verdadeiro martírio para
chegar ao tão almejado primeiro emprego.
Nesse ínterim, o
estágio pode ser uma valiosa alternativa, para agregar conhecimento,
experiência e desenvolver as habilidades necessárias do futuro
profissional, de modo a construir sua empregabilidade, para a conquista
de um posto de trabalho efetivo.
Estágio durante a pandemia: requisito fundamental
Os
estágios são regidos pela Lei No. 11.788 de 2008, que estabelece como
requisito fundamental que o estudante esteja regularmente matriculado
nos ensinos médio, técnico ou superior, incluindo-se neste último, a
pós-graduação.
Se por um lado, o estágio não gera vínculo
empregatício e, por isso, não confere os direitos trabalhistas como o
13º. salário, um terço de férias, FGTS ou INSS; por outro, o estagiário
deverá cumprir uma jornada semanal máxima de 30 horas, das quais, no
máximo 6 horas por dia, além de ser amparado por um seguro contra
acidentes pessoais, bolsa auxílio (mensal), apoio financeiro para
transporte e recesso remunerado.
Estágio durante a pandemia: o salário de um estagiário
O
salário médio de um estagiário no Brasil, considerando apenas bolsa
auxílio, segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro
de Estágios em 2018 e disponibilizada pela Associação Brasileira de
Estágios, é de R$ 1.095,89 para o nível superior e de R$ 632,38 para
nível médio.
Se compararmos o salário em horas, um estagiário de
nível superior chega a receber em média 68% a mais que o salário mínimo e
sem encargos.
Apesar da pandemia ter frustrado as expectativas
para o mercado no primeiro semestre, observa-se que algumas vagas
previstas estão sendo represadas, mas muitas devem ser ofertadas ainda
em 2020.
Destaca-se que 85% das vagas são destinadas para estudantes do ensino superior, de acordo com o Núcleo Brasileiro de Estágios.
Com
as mudanças ocorridas na pandemia, áreas ligadas à tecnologia e à saúde
devem sair na frente, juntamente com ocupações administrativas que
podem ser exercidas em home office.
Estágio durante a pandemia: uma boa alternativa
É
possível notar que o estágio é uma boa alternativa para ingressar no
mercado de trabalho, adquirir experiências, conhecimentos e se
familiarizar com o ambiente profissional, além de gerar renda e
possibilita que a estudante permanência em sua formação.
A
retomada da economia brasileira deverá ser gradativa e com ela o aumento
de vagas efetivas, especialmente com maior qualificação e experiência,
assim, aqueles que estiverem mais preparados poderão aproveitar as
melhores oportunidades e o estágio pode ser a porta de entrada.
Estágio durante a pandemia: sobre o autor
Alexey
Carvalho é Pós-Doutorado e Doutorado em Educação e atua como diretor
executivo da Universidade Anhanguera de São Paulo – Campus Osasco e
Coordenador no Brasil e Pesquisador da Rede de Estudos Organizacionais
na América Latina, Caribe e Ibero-América.