Diante da crise de saúde pública, alterações no mercado de trabalho também ocorreram. A adoção do home office, por exemplo foi a modalidade encontrada para as empresas sobreviverem ao isolamento social. Em contrapartida, o aumento do desemprego também foi evidente e não foi diferente para muitos estagiários. Segundo levantamento do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), houve queda de 80% no número de vagas abertas com a chegada da pandemia.
No entanto, muitos jovens procuraram alternativas para o tempo em casa. Alguns apostaram nos cursos on-line, outros iniciaram projetos extracurriculares ou utilizaram o tempo livre para investir em hobbies e no descanso. Porém, uma prática ganhou notoriedade nos últimos meses: a busca pelo voluntariado digital. Segundo a plataforma Atados, a procura por projetos para se engajar cresceu em 50% durante a pandemia. A empresa foi responsável pela campanha #FiqueNoSofá, reunindo centenas de ações virtuais em combate a pobreza, desigualdade e injustiças.
Agente transformador
“O interesse em ajudar projetos sociais é uma ferramenta poderosa de cidadania e empatia. Além de ser extremamente benéfico para o desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes”, afirma o presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios, Seme Arone Junior. Para aderir a uma causa, é importante escolher uma ONG ou ação coerente com seus valores ou fornecer serviços e ajuda de acordo com os conhecimentos adquiridos em sala de aula.
Para Arone Junior, aliar o impacto social com as oportunidades de aprendizado do voluntariado é a melhor forma de construir uma postura ética e profissional. A troca de experiências pode ser transformador para ambas as partes. O trabalho altruísta, é capaz de ensinar sobre coletividade, solidariedade, disposição, liderança e respeito. Com certeza, os estagiários com essa bagagem serão os grandes transformadores do amanhã.
Portanto, invista na juventude e em seu potencial inovador. O Brasil agradece!