Durante a graduação, muitos buscam oportunidades para aplicar na prática o conhecimento adquirido em sala de aula. Porém, diante da alta concorrência, uma grande parte deles conclui curso sem nenhuma experiência profissional. Pensando nisso, o PL 4477/2024 surge como alternativa para estender o período de busca por estágio e facilitar o ingresso no ambiente corporativo. Acompanhe, nesta matéria, como alunos do último ano do ensino superior ou recém-formados poderão contar com até dois anos para estagiar.
O projeto de lei, de autoria da Deputada Ely Santos (SP), visa reduzir obstáculos enfrentados após a formatura. Além disso, a medida visa conectar os estudantes em uma realidade de rotinas corporativas e práticas em seu local de atuação. Assim, adquirindo bagagem ao longo da jornada.
Segundo a lei 11.788/2008, o ato educativo é uma preparação para o aluno se desenvolver no ambiente de trabalho. Os educandos necessitam estar frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, profissional, ensino médio, especial e dos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. A norma vigente, no entanto, não contempla quem já “pegou o canudo”, mesmo sem ter passado por essa etapa durante os estudos.
De acordo com o Deputado Sargento Portugal (PODEMOS/RJ), defende a mudança como essencial. “O PL 4477/2024 vem para atacar um problema real: a dificuldade dos estudantes e recém-formados em entrar no mercado. O projeto fortalece o estágio como instrumento de formação e inclusão, dando mais segurança para quem contrata e mais oportunidade para quem busca uma profissão”, afirma.
Qual o objetivo do PL 4477/2024?
A proposta autoriza os graduandos no último ano de graduação ou com o diploma em mãos, dentro de um período de dois anos, a assumirem essa posição na empresa contratante. Desse modo, ambas as partes possuem vantagens. Pelo lado pessoal, o indivíduo evolui em sua função. Por outro, a companhia o prepara continuamente em seu ciclo, em colaboração com o conjunto.
Outro papel importante, citado por Portugal, vai além do trabalho em si, mas a segurança de tirar os jovens de caminhos perigosos. “Nas defesas de meu mandato, a educação precisa caminhar junto com empregabilidade. Porém, não é só isso. Inclui-los no mercado de trabalho também é uma medida preventiva de segurança pública”, complementa o deputado.
O quanto isso impacta a vida dos estudantes?
A inclusão produtiva tem impacto direto na redução da criminalidade. Segundo estudo da Fapesp (2023), combater a pobreza infantil reduz em até 25% o risco de adolescentes se envolverem com esse tipo de situação. Já outro levantamento da faculdade Cesrei (2024) mostra como a falta de acesso impulsiona a exclusão de jovens negros e periféricos, muitas vezes os levando à violência.
Um projeto voltado à inserção na esfera laboral também alcança outras camadas da sociedade. Como destacou o parlamentar, a juventude precisa de políticas de valorização, como foco na geração de renda, oportunidades e reconhecimento do esforço, em vez da busca por atalhos.
Portugal reforça seu apoio ao PL da Deputada Ely Santos e a de todas ações voltadas ao avanço da educação. “Esse é o compromisso do meu mandato. Vamos seguir apoiando toda iniciativa de fortalecimento à educação, combater o desemprego juvenil e construir um futuro com mais justiça e oportunidades para todos”, conclui o parlamentar.
Com a aprovação dessa proposta, milhares de pessoas poderão acessar novas oportunidades e encontrar acolhimento dentro das organizações. Muitos recém-formados carregam a incerteza quanto ao futuro após a colação de grau. Agora, poderão sonhar com um caminho mais promissor.
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