
Diante o mercado atual, estudantes finalizam a sua graduação sem conseguir uma oportunidade de estágio. Isso é preocupante para uma realidade desafiadora e de quais formas ele contribuirá para a sua carreira. Por isso, o PL 4477/2024, de autoria da Deputada Ely Santos (SP), propõe uma oportunidade: estágio aos alunos do último ano do ensino superior ou recém formados por até dois anos.
O objetivo é facilitar a conexão dos estudantes com o mercado de trabalho e permitir vivências laborais. Assim, incluem experiências em seu ramo de atuação para o currículo. Alguns deputados estão engajados com o projeto, dentre eles, Zé Trovão (PL-SC), integrante da Comissão de Constituição e Justiça.
De acordo com a Abres, Associação Brasileira de Estágios, o número de estudantes e estagiários no Brasil é de 1,1 milhão. Ensino médio e técnico são 10.090.568, deles 264 mil (2,61%) estão estagiando. No ensino superior são 9.976.982, dentre eles 836 mil estagiam (8,38%).

Para o deputado, a educação superior ainda é distante para a realidade do povo brasileiro, um agravante para a carreira dos alunos. “Muitos jovens entram na faculdade, mas saem sem saber por onde começar no mercado. Outros nem conseguem chegar lá por falta de oportunidade. A desconexão entre teoria e prática é gritante. Isso afeta diretamente a confiança, após anos de estudo e depois é obrigado a trabalhar em algo nada relacionado com a sua formação. O resultado é o desalento, a baixa remuneração e o crescimento do grupo “nem-nem” (nem estuda e nem trabalha)”, diz Trovão.
O estágio é a ponte para o futuro
Segundo o parlamentar, o ato educativo é uma etapa crucial para uma trajetória de sucesso. Desse modo, o investimento nessa modalidade torna-se necessário. “O estágio é a transformação da teoria em prática. Além disso, quando o jovem vê uma perspectiva, ele não abandona o curso, pois se sente parte de algo maior. Isso é poderoso!”, afirma Trovão.
Nesse viés, o aluno se depara com um mundo totalmente diferente. Logo, aprende a desenvolver suas competências com profissionais da área. “É onde ele entende como funciona o mundo do trabalho, lidar com pressão, prazos e pessoas. Isso fortalece o ensino e dá sentido à educação”, exclama.
Como ampliar o acesso à educação e reduzir o desemprego juvenil?
De acordo com o deputado, para não existir um grande número de desempregados na esfera laboral, ou como já dito acima, a contribuição para a geração nem-nem, será necessário a união entre educação, iniciativa privada e políticas públicas. Com essas colaborações, as oportunidades serão maiores.
A garantia de uma educação e a redução do desemprego surgirão por meio de estratégias governamentais e empresariais. “Primeiro, garantir mais acesso com financiamento e ensino técnico de qualidade. Depois, criar pontes entre as salas de aula e o mercado real, com estágios, mentorias e programas de inclusão. Então, entra o papel das empresas: abrir as portas para o jovem, mesmo ainda não tendo experiência. Porque se ninguém dá a primeira chance, ele nunca terá uma no currículo”, destaca.
Como o PL 4477/2024 será relevante?
Para o político, a medida pode ser decisiva para quem acabou de se formar. “Esse projeto é muito bem-vindo. Porque, vamos falar a verdade: muita gente garante o diploma e ainda não teve uma chance real de atuar na área. Estender a possibilidade de estágio por mais dois anos para recém-formados é dar fôlego, esperança e ajudar esse jovem a firmar o pé no mercado”, reforça.
Com esse novo planejamento, muitos alunos terão a oportunidade de garantir um emprego após a sua conclusão do curso. Assim, com menos nervosismo e preocupação, eles investirão em seus próximos passos.
Além das dicas, o deputado Zé Trovão (PL-SC), fez questão de ressaltar. “Eu apoio com força o projeto e, como membro da CCJ, vou trabalhar para essa proposta avançar”, conclui.
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