Estágio para recém-formados, é possível? 

A entrada no mercado de trabalho exige dos candidatos experiência profissional. Dificilmente um iniciante terá esse pré-requisito, dificultando o seu acesso a uma oportunidade. Assim, o estágio surge como uma alternativa para proporcionar competências técnicas aos estudantes. Porém, como fica o grupo dos recém formados sem o acesso a essa chance? Veja mais sobre o assunto nesta matéria. 

Como é a empregabilidade para os recém-formados no Brasil? 

No Brasil, apenas um a cada dez recém-formados na graduação consegue uma oportunidade formal equivalente ao seu nível de capacitação, segundo um estudo realizado pela Geofusion, da empresa Córtex. “Há uma desconexão entre a formação acadêmica e as demandas do mercado, resultando em dificuldades de empregabilidade para esse público. Muitos graduados acabam trabalhando fora de suas áreas e recebendo salários inferiores. Consequentemente, isso desestimula a busca por qualificação superior”, explica o Deputado Federal, Luiz Carlos Motta (PL – SP). 

Apesar do diploma em mãos, muitos candidatos não têm experiência profissional de acordo com as exigências de um cargo. Logo, as chances de ingressar em nele são ainda menores. Por isso, investir no estágio durante o desenvolvimento acadêmico, é uma atitude fundamental. No entanto, ela não pode ser ofertada para quem está “fora da escola”.

Qual é a importância do estágio para o ganho de experiência profissional?

Essa iniciativa entre empresas e instituições de ensino permite ao estudante aplicar os conhecimentos teóricos aprendidos em sala de aula na prática, desenvolvendo habilidades técnicas e comportamentais essenciais para o meio corporativo. Além de proporcionar um contato direto com a rotina do ramo escolhido, o estágio ajuda na construção de uma rede de contatos, no entendimento das dinâmicas organizacionais e no aumento da empregabilidade. 

Motta ainda reforça a capacidade desse programa de contratação na educação. “O estágio pode motivar os alunos a permanecerem no curso, pois eles podem visualizar as aplicações concretas do conhecimento adquirido, contribuindo para reduzir taxas de evasão no ensino superior”, diz. 

Para quem são as vagas de estágio? Por que ele não atinge os recém formados? 

Essas vagas, de acordo com a Lei n° 11.788/2008, são voltadas apenas para os estudantes, sejam eles do ensino médio, técnico ou superior, a partir de 16 anos de idade. Logo, é obrigatório estar com uma matrícula ativa e regular em uma instituição de ensino para ser um candidato. 

Sendo assim, os recém-formados perdem a chance de ingressar nesse cargo com o intuito de adquirir as habilidades exigidas por determinada área. No entanto, durante a graduação ou curso técnico, nem todos os alunos conseguem ser estagiários, impactando na carreira desses indivíduos. 

Devido a esse cenário, surgiu o PL 4477/2024, o qual propõe ampliar as oportunidades de estágio para alunos do último ano e recém-formados (até dois anos após a graduação). “Essa medida é crucial para combater um dos maiores entraves à empregabilidade juvenil: a falta de experiência prática exigida pelo mercado. Ao permitir mais acesso ao estágio, o projeto contribui para a inserção profissional, facilitando a transição da academia para o mercado de trabalho. Além disso, promove maior inclusão social ao beneficiar estudantes com dificuldades financeiras ou falta de conexões”, finaliza o deputado.

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