
Projeto de Lei propõe ampliar oportunidades para jovens no mundo corporativo
O futuro da juventude brasileira exige ação. Diante de indicadores preocupantes, a ampliação de oportunidades reais para os jovens ingressarem no mercado de trabalho torna-se uma urgência nacional. Nesse contexto, o Projeto de Lei 4477/2024, de autoria da Deputada Ely Santos (SP), propõe um avanço relevante: permitir o estágio para alunos do último ano do ensino superior e recém-formados, com até dois anos de conclusão de curso.
A proposta busca ampliar a vivência prática dos estudantes e criar novas pontes entre o mundo acadêmico e do trabalho. Além disso, tem o apoio de lideranças parlamentares engajadas com a educação e empregabilidade dos jovens, como o Deputado Dr. Jaziel (PL/CE), integrante da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
Estágio é capaz de transformar realidades
Para o deputado, o ato educativo vai além de uma etapa acadêmica: é uma verdadeira escola para a vida profissional. “Sem dúvida, o estágio abre portas. Ele permite aplicar os aprendizados da sala de aula e oferecer o ensinamento além da teoria: o contato com a realidade e experiência. O jovem entende como chegar no horário, lidar com pressão, resolver problemas e aprender com o erro”, explica.
Além disso, Dr. Jaziel também chama atenção para os desafios da educação superior no Brasil. Para ele, é preciso resgatar a essência do ensino como ferramenta de emancipação e preparação para o futuro profissional. “Segundo o Inaf, 38% dos universitários são analfabetos funcionais. Eles passaram anos na faculdade, mas saem sem saber interpretar um texto ou fazer contas básicas. Isso é um absurdo. A educação precisa voltar a ser libertadora, pelo saber, pelo mérito, pelo esforço”, exclama.
Segundo o deputado, as instituições de ensino, as empresas e o poder público devem trabalhar juntos. Principalmente, com o objetivo de devolver protagonismo ao estudante e fortalecer o elo entre o aprendizado e a realidade do mundo do trabalho.
Incentivar o estágio é investir em empregabilidade
De acordo com levantamento exposto pela Abres (Associação Brasileira de Estágios), apenas 9% dos universitários estagiam atualmente, uma taxa ainda muito distante do potencial de impacto do estágio como política de inclusão produtiva. Paralelamente, 12,9% dos jovens entre 18 e 24 anos estão desempregados, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e 44% dos graduados atuam fora da sua área de formação, com perda salarial de até 72%, segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Nesse cenário, Dr. Jaziel reforça o quanto a modalidade é uma estratégia acessível e eficaz para combater o desemprego juvenil. “O estágio é, sem dúvida, uma das alternativas mais eficazes e de menor custo para inserir o jovem no mercado e prepará-lo para caminhar com as próprias pernas”, enfatiza.
PL 4477/2024: mais portas abertas para quem precisa de oportunidade
Para enfrentar esse cenário, o Projeto de Lei propõe abrir novas possibilidades, com segurança jurídica e menos burocracia. “O PL 4477/2024 enfrenta diretamente o problema da exigência de experiência de quem nunca teve a chance de consegui-la. Ele abre portas para o estágio, especialmente no último ano da graduação, quando o jovem mais precisa de oportunidade”, acrescenta Dr. Jaziel.
Ao permitir o estágio para recém-formados em um período de até dois anos após a conclusão do curso, o PL propõe um modelo mais inclusivo e condizente com os desafios enfrentados pelos jovens brasileiros. “Em vez de manter o jovem preso à fila do desemprego, o projeto o coloca no caminho da produtividade e da independência”, finaliza.
Na Abres, acreditamos no poder do estágio como motor de desenvolvimento social e econômico. Apoiamos iniciativas com intuito de promover o acesso, a permanência e a valorização da juventude no mundo do trabalho. O PL 4477/2024 é um passo fundamental nessa direção. Juntos, tornamos o Brasil mais próspero!