As mudanças no mercado têm entrado em um fluxo cada vez mais constante e intenso, obrigando as empresas a ajustarem suas rotas para se adaptarem. Assim, as expectativas em relação aos funcionários assumem um papel central, considerando a necessidade de maior resiliência e adaptabilidade. Nesse viés, torna-se frequente a busca por pessoas capacitadas tecnicamente e com soft skills significativas.
Apenas a formação acadêmica não o suficiente
Segundo dados da Abres (Associação Brasileira de Estágios), 25% das vagas de estágio não são preenchidas por falta de candidatos qualificados. Para Joyce Nery, analista de recrutamento e seleção do Nube, essa carência se dá por diversos fatores. “Com o avanço rápido da tecnologia, por exemplo, temos um mercado escasso de profissionais com capacitação técnica para o desenvolvimento da função, além das habilidades interpessoais, como boa comunicação, flexibilidade e orientação para análise, entre outras. Um agravante notado pela área de seleção é a pandemia. Esse momento da história também afetou o desenvolvimento dessas maestrias”, comenta.
Pensando por esse lado, apenas cursos e treinamentos teóricos não são o suficiente. Apesar de fundamentais para a formação e crescimento, pois fornecem os conceitos essenciais, ainda é necessária a prática do dia a dia, visando incentivar outros aspectos. A especialista cita três em destaque:
- Orientação para avaliação: “apenas ao lidar com problemas reais você consegue desenvolver a capacidade de pensar de maneira analítica para resolvê-lo”, explica.
- Trabalho em equipe: lidar com colegas pensando de maneira distinta e demonstrações de empatia, são questões aprimoradas na interação no ambiente de ocupação.
- Comunicação eficaz: expressar ideias de forma clara e concisa em conversas, reuniões e e-mails é crucial para a colaboração e entendimento mútuo. “O networking, de eventos ou projetos também é valioso, pois permite vivências não encontradas na teoria ou de maneira acadêmica”, pontua.
Dicas para se dar bem nesse novo mercado
Quem está entrando agora no meio laboral pode ter algumas dificuldades para iniciar com o pé direito. “Um dos principais pontos para amenizar essa lacuna está relacionado com a iniciativa, pois ela contribui com diversos tópicos”, indica Joyce, listando dois pontos:
- Constante aprendizado: com o avanço tech, é importante buscar aperfeiçoamento. Existem vários disponíveis em plataformas na Internet para se manter atualizado.
- Desenvolver habilidades: há maneiras de fortalecer a experiência, como projetos acadêmicos e trabalho voluntário. Tais atividades permitem uma visão da aplicação no local de ofício.
Ademais, outros pontos tendem a chamar a atenção e serem dignos de maior foco quando se deseja obter êxito na carreira. Dentre eles, cinco têm maior impacto:
Busca por conhecimento: o domínio sobre as novidades é importante, porém, com as renovações fugazes, essa relevância se altera a todo momento. Logo, para se destacar, é imprescindível aprender de forma eficaz e contínua. Para isso, é interessante deter uma compreensão do próprio processo, reconhecimento de diferentes táticas e a sabedoria dos métodos mais eficientes, além de ter uma boa gestão de tempo.
Inteligência emocional e colaboração: essas são características valorizadas, principalmente com a interconectividade, pois a capacidade de construir relacionamentos, liderar equipes e adaptar-se às variadas culturas organizacionais é indispensável atualmente. O pensamento crítico também é um diferencial para o profissional e o negócio.
Comunicação de qualidade: falar com assertividade, se expressar efetivamente e ter uma escuta ativa são condutas consideráveis, tendo em vista como os colaboradores precisam estar aptos para conversar sobre as ideias de maneira clara e persuasiva, para inúmeros canais e públicos, seja por meio de apresentações, redes sociais ou outras plataformas.
Criatividade e agilidade cognitiva: devido à dinâmica acelerada dos processos e objetivos, essas duas posturas são valorizadas, visando impulsionar a inovação e a competitividade.
Diversidade, sustentabilidade e responsabilidade social: a procura é por indivíduos compreendendo todas essas questões e contribuindo para um impacto positivo na comunidade.
No geral, o atual cenário institucional demanda uma combinação de hard e soft skills, as famosas habilidades técnicas e interpessoais. Quem se adequar a conseguir equilibrar os dois conceitos estará atendendo a essas expectativas e contribuindo para a construção de um contexto inovador. “Tornou-se necessário adotar planos como seleção focada em competências, flexibilização nos requisitos, atuação remota, investimento em treinamento e desenvolvimento, automação de tecnologias e retenção de talentos. Essas são algumas das mais adotadas para lidar com a lacuna e, claro, podem variar de acordo
com o ramo e carências específicas”, finaliza a analista.
Serviço: Há uma falta de colaboradores capacitados no mercado atual?
Sobre o Nube
Desde 1998 no mercado, o Nube oferece vagas de estágio e aprendizagem em todo o país. Possui mais de 15 mil empresas clientes, 22 mil instituições de ensino conveniadas no Brasil e já colocou mais de 1,2 milhão de estagiários e 50 mil aprendizes no mercado de trabalho. Também administra toda a parte legal e realiza o acompanhamento do estagiário e aprendiz por meio de relatórios de atividades.
Anualmente, são realizadas 25 milhões de mensagens multi canais e encaminhados 1,2 milhão de candidatos. O banco de dados conta com 6,9 milhões de jovens cadastrados e todos podem concorrer, gratuitamente, às milhares de oportunidades oferecidas mensalmente. Para facilitar a vida dos cadastrados, foi desenvolvido um aplicativo disponível na Apple Store e Play Store.
O Nube também está presente nas principais redes sociais: Facebook, Instagram, Twitter, Linkedin, Vimeo e YouTube. Com a TV Nube, oferece conteúdos voltados à empregabilidade, dicas de processos seletivos, currículos, formação profissional, entre outros. O cadastro é gratuito e pode ser feito no site www.nube.com.br.
Joyce Nery, analista de recrutamento e seleção do Nube