Não é novidade: desde março de 2020, a humanidade está enfrentando um dos maiores desafios do século XXI. A crise sanitária trouxe diversas consequências socioeconômicas e, somente no segundo semestre de 2021, os primeiros sinais de recuperação começaram a surgir.
O cenário atual
O primeiro trimestre deste ano foi marcado pelo recorde no nível de desemprego no país, batendo 14,7%, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Já no segundo, houve um recuo de 0,6 ponto porcentual. Mesmo permanecendo alta para essa época do ano, é possível encarar como sendo os primeiros passos para a volta da normalidade.
Paralelamente a isso, a evasão do ensino superior também aumentou, passando de 30%, em 2019, para aproximadamente 36%, em 2020, conforme com o Mapa do Ensino Superior no Brasil, do Instituto Semesp. Isso foi o reflexo da grande quantidade de pessoas desocupadas, inviabilizando a permanência nas universidades, principalmente privadas.
Perspectivas
Todavia, o cenário tende a melhorar. Segundo Luciana Veiga, gerente de RH do Ceter Estágios, “muitos candidatos têm procurado o programa de estágio como uma forma de regressar ao mercado”. Por outro lado, ainda conforme a especialista, “cada vez mais, as empresas estão em busca de talentos, principalmente das áreas de publicidade, marketing e administração”.
Contudo, como mostra a 11ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, houve um crescimento de 9,8% na adesão do ensino superior a distância. Isso pode ser explicado pela crise sanitária de longo prazo. A população precisou se adequar a esse novo ritmo. Atualmente, muitas atividades do trabalho e educação são feitas em casa. Logo, o EAD ficou cada vez mais comum e aceito.
O estágio é uma boa estratégia para os jovens se recolocarem ou, então, conquistarem a primeira experiência. Além de, claro, promover o retorno para as salas de aula. Isso porque, para concorrer a vagas dessa modalidade, é preciso ser matriculado em uma instituição de ensino regulamentada pelo MEC.
Por que estagiar?
Segundo a teoria da Pirâmide de Aprendizagem de Willian Glasser, a “prática” garante 80% do processo de aprendizagem. Enquanto a leitura, escuta e visualização, apenas 10%, 20% e 30%, respectivamente. Isso é válido para qualquer tipo de conhecimento, seja superior ou básico.
Ao participar de um programa de estágio, o indivíduo consegue aplicar a teoria vista em sala de aula. Além de, claro, absorver outras informações, as quais, nem sempre, são ministradas nos bancos escolares. Ao ter contato efetivo com a profissão, o aluno consegue desenvolver as habilidades exigidas ou, até mesmo, descobrir se, de fato, ele se identificou com a área em questão.
Já no quesito econômico, o fornecimento da bolsa-auxílio, na modalidade “não obrigatória”, viabiliza a permanência do estudante na vida acadêmica, seja com a mensalidade, custo de materiais ou qualquer outro fim. Além disso, é um momento propício para criar networking e garantir bons contatos para o futuro.
Estagiar é um bom plano para potencializar o aprendizado. Além disso, é uma forma mais fácil de dar os primeiros passos profissionais. Você já definiu seus planos?