Optar por uma metodologia mais flexível e mais barata é uma vantagem para muitos jovens.
O ensino superior da rede privada sofreu uma queda de 8,9% nas matrículas em cursos presenciais no primeiro semestre de 2021, enquanto a modalidade a distância (EAD) viu a procura subir 9,8% no mesmo período. Os dados são do Mapa do Ensino Superior no Brasil, feito pelo Instituto Semesp, e refletem uma tendência desde 2016, a qual deve aumentar ainda mais no pós-pandemia.
O “boom”
Entre as mudanças está a profunda alteração do sistema educacional, principalmente no nível superior, muito por conta do desemprego. “Passamos por um momento de profunda alteração e isso vai impactar o mercado de trabalho. O Fórum Econômico Mundial considerou a pandemia uma mudança de paradigmas para faculdades em todo o mundo acelerando a transformação das graduações. A projeção é aumentar a busca por formação via Internet ao invés de presencial”, expõe o diretor da universidade americana AmbraUniversity, Alfredo Freitas.
Nesse sentido, o EAD no Brasil, regulamentado há 14 anos, superou pela primeira vez a oferta de postos em sala de aula no país. De acordo com o Censo mais recente da Educação Superior, foram oferecidas 7,1 milhões de vagas virtuais, frente a 6,3 milhões das presenciais. Em dez anos, o crescimento dos ingressantes nesse formato foi de 226%, contra 19% da modalidade presencial.
Ou seja, o número superou as expectativas para 2020. “Vale ressaltar: no on-line existem cursos de qualidade com ensino de alto nível para o profissional atuar na complexidade e gerar resultados para a sociedade. Bem como existem os fracos apenas para a aquisição do diploma. Portanto,o indivíduo deve pesquisar com atenção e fazer a escolha correta”, afirma o especialista.
Um aliado do estágio
Em geral, essa alternativa foi a chave para a manutenção dos estudos em meio ao distanciamento social. “Muitos jovens conseguiram dar continuidade em seus estágios ou ingressar em um. Afinal, para ser estagiário é preciso estar regularmente matriculado em uma instituição de ensino”, explica o presidente da Abres, Carlos Henrique Mencaci.
Isso é muito importante, pois ao afetar a educação os impactos se alastram. Visto o aumento na evasão escolar e na inadimplência nas universidades no início do caos da saúde. “Então, com essa oportunidade, o acadêmico recebe a bolsa-auxílio para ajudar nessa preservação nas classes, físicas ou remotas”, complementa o presidente.
Sendo assim, o acadêmico consegue aprender e trabalhar sem sair de casa, pois também é permitido fazer home office no estágio. Vale ressaltar: sempre de forma supervisionada. Dessa forma, se minimizam os efeitos, em todas as esferas, visando a conjuntura pós-pandêmica. Ou seja, é um investimento com retorno garantido para todos.
Portanto, é preciso se adaptar, afinal, essa é uma tendência promissora por um longo tempo!