Em vista da crise internacional, o estágio é alternativa para a manutenção de jovens no mercado e o incentivo à educação.
O Brasil está rapidamente reduzindo os impactos provocados pela pandemia. Assim, junto com a vacina, vem a retomada da economia e dos negócios. Nesse sentido, um dos maiores anseios da população é a reestruturação do mercado de trabalho. Em especial, nossos jovens, os quais foram os mais afetados pela crise, superando 29% a taxa de desemprego, contra 14,6% para a média geral.
Por isso, investir no estágio é a principal maneira de preservar a juventude ativa e estudando. Isso porque quando mantemos um brasileiro na sala de aula, estamos não só dando oportunidade de conhecimento, mas a chance de se tornar um estagiário e, com isso, ter renda e passaporte garantido para entrar no mundo corporativo. Assim, uma boa opção é a manutenção do home office. Afinal, a legislação garantiu esse regime laboral para estagiários e aprendizes.
Além disso, existem os benefícios diretamente relacionados aos direitos estabelecidos no mesmo dispositivo legal. Vamos lá: o ato educativo escolar supervisionado não gera vínculo empregatício. Logo, a companhia fica livre de pagar encargos trabalhistas, como FGTS, INSS, 13º salário, ⅓ sobre férias e eventual multa rescisória. Essas vantagens foram criadas para facilitar a admissão desses jovens, os quais mais precisam de uma chance para o início profissional.
Outra grande diferença está no envolvimento da instituição de ensino, afinal, o projeto é voltado apenas para quem está estudando. Pode ser no nível médio, técnico, superior ou EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Logo, essa é uma forma de contratação benéfica para todas as partes envolvidas. Tanto as empresas adquirem novos talentos, quanto a juventude a tão sonhada experiência. Assim, sendo bem treinado, esse sujeito pode aplicar com qualidade e assertividade os conteúdos recém aprendidos nas aulas.
Outro ponto a se ressaltar é a cultura da efetivação. O estagiário busca sua admissão e a chance de evolução na carreira. Por isso, a duração do estágio na mesma entidade não poderá exceder dois anos, exceto, quando se tratar de uma pessoa com deficiência (PCD). No entanto, em ambos os casos, a permanência depende da instituição e do desempenho. O ideal é sempre estimular seu futuro talento e aproveitá-lo nos quadros da entidade. Afinal, ele já foi treinado e capacitado segundo sua ética e objetivos. Ou seja, é uma relação de ganha-ganha!
Portanto, essa é uma modalidade criada para inserir e capacitar nossos estudantes também nas organizações. Faça parte desse projeto e vamos juntos lutar pelo Brasil!
Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios.
Sobre a Abres
A Associação Brasileira de Estágios é a maior entidade de representação de agentes de integração do país, ou seja, empresas responsáveis pela seleção e gerenciamento de vagas de estágio. A instituição tem como objetivo promover e divulgar a modalidade junto às comunidades do Brasil, estimulando a formação profissional de jovens talentos. Também executa ações para fortalecer os agentes de integração e a inserção de estudantes no mercado de trabalho.