Embora a confusão seja comum, categorizar o estágio como emprego é um grande equívoco. Afinal, as duas modalidades têm legislações e normas próprias a serem seguidas e divergem em diversos pontos em relação ao papel da contratante e do talento admitido. Dentre as principais diferenças, está a carga horária.
Como funciona a regra?
Para quem estagia, há um limite máximo de seis horas diárias e 30h semanais. Por quê? Principalmente por estarmos falando de uma prática voltada somente para quem estuda. Ou seja, apenas os matriculados no ensino médio, superior, técnico ou EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Medida serve para auxiliar
Dessa forma, os estagiários sempre têm a jornada dupla e devem conciliar as atividades profissionais com as acadêmicas. Justamente para facilitar essa gestão das tarefas e não sobrecarregá-los, foi estipulada essa regra. Assim, é possível obter o máximo de desempenho de suas habilidades tanto na classe, quanto na companhia.
Possibilidade extra dada pela legislação
Outro aspecto interessante para se destacar é a possibilidade dada ao estudante contratado de limitar a rotina empresarial à metade nas semanas de testes e avaliações. Porém, para esse processo acontecer, é preciso apresentar o calendário escolar no início de cada período letivo. Além disso, a diminuição na bolsa-auxílio proporcional às horas reduzidas fica facultada à entidade.
O recurso é de suma importância principalmente para quem nunca teve vivências corporativas. Esse é o perfil mais comum em quem busca vagas desse estilo, afinal, o principal objetivo ao estagiar é ser inserido no mercado de trabalho. Portanto, eles conseguem colocar em prática o conteúdo aprendido em sala de aula, seja ela virtual ou presencial. Assim, quem ainda precisa se adaptar com as horas na organização, consegue fazer isso com maior flexibilidade e assertividade.
Todos saem ganhando!
A liderança inteligente pode apostar nessa modalidade como uma excelente estratégia para os negócios. Justamente por muitos virem sem vícios de outras vivências, é fácil moldar o talento em potencial para adequar-se à cultura e objetivos do empreendimento e, assim, promover seu desenvolvimento na equipe.
O contato com colegas e desafios reais é um grande diferencial para a capacitação. Portanto, o gestor deve abrir as portas para essa possibilidade e garantir um futuro próspero para as novas gerações e para a própria instituição. Faça a diferença você também!
Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios