Fonte: SEESPA modalidade é uma etapa importante na formação de quem se prepara para entrar no mercado de trabalho
Nesta terça-feira (18/8) comemora-se o Dia do Estagiário. A data foi estabelecida em 1982, no País, pelo Decreto nº 87.497. Diversos cursos de graduação exigem o estágio, ou seja, ele faz parte do projeto pedagógico, cuja carga horária e orientações, como plano de estágio, relatórios e supervisões, são requisitos para aprovação e obtenção do diploma. No caso da engenharia, o estágio é obrigatório. Mesmo no não obrigatório, existe uma legislação específica que regulamenta a atividade. É a Lei 11.788, promulgada em 25 de setembro de 2008, que tem 22 artigos distribuídos em cinco capítulos. Nela, todos os deveres e direitos das partes estão bem definidos.
Estágio é um ato educativo, enfatiza Alexandra Justo, gestora de Oportunidades na Engenharia do SEESP, ao mesmo tempo em que esclarece: “Não é uma mão de obra barata. O estágio é o rico momento onde o estudante coloca em prática o aprendizado, sob supervisão de um profissional formado na mesma área.” A lei esclarece que a modalidade não é trabalho e que devemos ser responsáveis com nossos estudantes, “pois eles serão os futuros profissionais que salvarão vidas, que realizarão pesquisas para o bem da sociedade, que construirão pontes entre conhecimentos e práticas mediante as necessidades sociais e que poderão proporcionar novos rumos a nossa existência”.
Vale transcrever o artigo 1º da lei:
“Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de
educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da
educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos.”
Portanto, é
importante que a empresa esteja alinhada ao cumprimento legal e que a
qualidade da supervisão seja um diferencial na vida do profissional que
está nascendo. Além disso, como bem realça Justo, todos ganham com o
programa de estágio: o estudante, a escola, a empresa e a sociedade. “O
conhecimento que o estagiário proporciona com suas atualizações
acadêmicas, somadas à prática, abre espaço para repensar o negócio, com
inovação, criatividade, podendo ser realinhado sempre que necessário e
atualizado constantemente.”
O estágio em números
O estudo
“Benefícios Econômicos e Sociais do Estágio” do Centro de Integração
Empresa-Escola (Ciee), realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas (Fipe), divulgado em 2019, indica que o número de estagiários
no Brasil era de 339 mil em 2010 e passou para 498 mil em 2017, um
crescimento de 47,1% no período. Já o crescimento de estagiários que
recebem bolsa-auxílio foi de 42,2% no mesmo intervalo, partindo de 206
mil em 2010 para um total de 292 mil em 2017. Nesse último ano, a maior
parte do estagiários no Brasil cursava o ensino superior (76,6%),
seguido pelo ensino médio (19,6%), técnico (3,4%) e demais níveis
(0,3%).
Para o diretor da Associação Brasileira de Estágios
(Abres), Seme Arone Júnior, os benefícios de investir em estagiários
dentro de uma equipe são imensuráveis. “Acreditar nesse tipo de
contratação é favorecer a capacitação dos mais novos”, comenta. De
acordo com ele, essa vivência é levada para sempre na vida dos jovens, e
o empresário que atua no País precisa ver os ganhos em contratar quem
tem pouca ou nenhuma vivência. “Toda companhia deve enxergar a prática
como uma excelente possibilidade para a formação de talentos dentro do
quadro pessoal. Com isso, ganha o País, a economia, o empreendimento e o
profissional”, defende.
Yolanda Brandão, gerente de treinamento
do Núcleo Brasileiro de estágios (Nube), endossa que o estágio “é a
porta de entrada para o mercado de trabalho, sobretudo, para estudantes
de graduação”. Segundo ela, é a oportunidade de o jovem aplicar e
ressignificar o aprendizado da universidade e desenvolver habilidades e
aptidões; “é quando ele experimenta as mais diversas possibilidades da
sua futura profissão”.
Habilidades e competências
O
propósito da modalidade, prossegue Justo, é contribuir para que o
estudante “desenvolva o saber fazer e suas habilidades, e também dar
oportunidade de conhecer e se relacionar com pessoas, com a cultura
organizacional, ter contato com os modelos de gestão e liderança. Isso
ajuda a definir suas competências”. Para Justo, a excelência dessa
práxis é que vai direcionar e ser facilitador “para o amadurecimento
profissional até que, formado, possa assumir as alegrias, os desafios e
os riscos de sua profissão e o impacto na sociedade e no mundo”.
A
especialista não tem dúvida de que o estágio realmente ajuda o
estudante “quando este deseja descobrir, aprofundar conhecimento, atuar
em sua área. Para isso, é necessário ter e demonstrar vontade de atuar e
se apropriar do estudo em sua prática, assim teremos um excelente
profissional ao final dessa jornada”.
Justo acredita que os
programas de estágio garantem ganhos quando “a própria organização
desenvolve o estagiário que o contratará como profissional, pois este já
conhece muito além da área acadêmica, vivencia a cultura da
organização, já foi investido tempo, aprendizado, capacitações e o
conhecimento acadêmico já se relaciona mais com o negócio da empresa”.
>> Cartilha sobre a Lei do Estágio – confira aqui
Aos estudantes de engenharia
Apesar
do cenário desafiador criado pela pandemia do novo coronavírus, o CEO
da Cia de Estágios, Tiago Mavichian, está otimista e afirma que “o
cenário de contratações tem melhorado”. “Estamos com centenas de vagas
de estágio abertas em nosso site. Todas em grandes empresas, como
Sanofi, Amazon e Aeris Energy. Por isso, minha dica para os estudantes é
não desanimar e seguir em frente, buscando cursos complementares e não
deixando de procurar oportunidades”, incentiva.
O SEESP mantém
uma área exclusiva de orientação à carreira profissional. Além de
atender ao profissional, Oportunidades na Engenharia oferece serviços
para o estudante da área em suas diversas necessidades, como o de se
preparar para buscar um estágio. No atendimento personalizado, por
exemplo, trabalha-se a elaboração do currículo para torná-lo mais
atrativo e aderente ao mercado, dicas sobre processos seletivos,
entrevistas, gamificação e seleção 100% online e muito mais. Para saber
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