Corporações de todo o Brasil precisam conhecer a legislação para admitir os estudantes
(Fonte: Segs)
O Brasil passa por um processo de recuperação econômica depois de uma severa crise vinda dos últimos anos. Mesmo em passos curtos, diversos gestores já têm buscado talentos para trazer inovação e modernidade para o quadro de colaboradores. Desse modo, o estágio pode ser uma excelente opção para a contratante.
O primeiro ponto a ser levado em conta para abrir oportunidades desse tipo em sua equipe é considerar: o estagiário pode estar em sua primeira vivência no contexto empresarial. Por que isso é positivo? A explicação é simples, pois quem vai ocupar esse cargo, vai fazê-lo sem trazer vícios de experiências anteriores e, além disso, oferecerá disposição, entusiasmo e energia para apresentar bons resultados.
Se bem treinado, esse estudante pode aplicar com muita assertividade o conhecimento dado em sala de aula com a prática organizacional. Esse é um ponto fundamental a ser ponderado: segundo a Lei 11.788, só pode estagiar quem está matriculado e frequentando uma instituição de ensino médio, técnico, superior ou EJA (Ensino de Jovens e Adultos). Por isso, é importante destacar o caráter educacional desse projeto, pois ele garante um desenvolvimento único para os universitários e secundaristas.
Outro benefício está diretamente relacionado aos direitos estabelecidos no mesmo dispositivo legal. Segundo o texto, o ato educativo escolar supervisionado não gera vínculo empregatício. Portanto, a empresa fica livre de pagar os encargos trabalhistas, como FGTS, INSS, 13º salário e verbas rescisórias. Essa medida foi feita para facilitar a admissão de quem mais precisa de uma chance de evolução na carreira.
Vale ressaltar também como um profissional inexperiente pode ser moldado para conquistar posições de maior destaque dentro da corporação. Até porque o líder, quando investe em capacitar esse indivíduo, ganha cada vez mais engajamento e um membro habilidoso e pronto para enfrentar desafios.
O impacto social dessa modalidade é imenso. Afinal, o grupo mais afetado pelo desemprego é justamente de quem tem entre 18 e 24 anos. Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, mais de 25,7% dos tupiniquins dessa faixa etária estão sem colocação. Portanto, investir no estágio é garantir a permanência do jovem na sala de aula e também no mercado. Isso faz a economia girar e o Brasil crescer exponencialmente. Acredite nessa força!
Seme Arone Junior é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios
Sobre a Abres
A Associação Brasileira de Estágios é a maior entidade de representação de agentes de integração do país, ou seja, empresas responsáveis pela seleção e gerenciamento de vagas de estágio. A instituição tem como objetivo promover e divulgar a modalidade junto às comunidades do Brasil, estimulando a formação profissional de jovens talentos. Também executa ações para fortalecer os agentes de integração e a inserção de estudantes no mercado de trabalho.