Entenda como esse modelo de admissão pode mudar vidas
Além de ser o melhor meio de inserir jovens no mercado de trabalho, o estágio também se mostrou um grande patrocinador de carreiras. Afinal, segundo a lei 11.788/2008, para quem quer procurar uma vaga desse estilo, é imprescindível estar em sala de aula. A medida foi estabelecida justamente para oferecer a quem estuda a possibilidade de aplicar o aprendizado das escolas ou faculdades na linguagem corporativa.
Temos atualmente 17,6 milhões de indivíduos aptos a entrarem no universo empresarial por meio dessa prática. Entretanto, a falta de oportunidades ainda é grande: apenas 1 milhão desses estagiam. Outro dado alarmante: de acordo com um levantamento recente do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, quase 40% dos brasileiros com 19 anos não chegaram a concluir o ensino médio.
Muitas vezes, a razão para essa evasão é a necessidade de começar a trabalhar e ajudar nas despesas da casa. Se o ato educativo escolar for promovido nesse contexto, é possível manter os mais novos aprendendo continuamente e garantir a eles mais chances de ingressarem em uma universidade. Até porque a lei garante limite de 30 horas semanais e 6 horas diárias para não prejudicar o desempenho acadêmico.
Alguns grupos da sociedade ainda têm questionamentos sobre como contratar um talento para essa posição. Para esses, o mesmo dispositivo legal garante: pessoas jurídicas de direito privado, órgãos da administração pública e profissionais liberais de nível superior podem abrir vagas para quem mais precisa.
Já é um consenso comum: o desenvolvimento de qualquer país é baseado no investimento em educação. Portanto, estagiar oferece uma ajuda expressiva para quem muitas vezes não têm outra maneira de fazer parte do ambiente organizacional. Sendo assim, elimine suas dúvidas e abra suas portas para os jovens. Isso garantirá um futuro justo e próspero para todo o Brasil!
Seme Arone Junior é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios