Experiência prepara alunos e é um facilitador na hora de conseguir um emprego
Estágio complementa os estudos e abre portas para mercado de trabalho Estágio complementa os estudos e abre portas para mercado de trabalho
Considerada uma grande oportunidade de pôr em prática aquilo que se aprende em sala de aula, o estágio também é uma porta de entrada para o concorrido mercado de trabalho. Por isso, mesmo em cursos ou graduações em que a sua realização não é obrigatória, os alunos acabam sendo incentivados a colocar a mão na massa.
Antes de conseguir um emprego, o enfermeiro Bernardo Avelino dos Santos Filho, 48 anos, estagiou por seis meses em hospitais de Vila Velha e Cariacica. Para ele, a vivência prática dos conteúdos teóricos adquiridos durante o curso fizeram toda a diferença para ele ter a certeza de que tinha escolhido a profissão certa.
Para Bernardo, a vivência prática dos conteúdos teóricos fizeram a diferença para ele ter a certeza de que tinha escolhido a profissão certa. Foto: Arquivo pessoal Para Bernardo, a vivência prática dos conteúdos teóricos fizeram a diferença para ele ter a certeza de que tinha escolhido a profissão certa. Foto: Arquivo pessoal
Para Bernardo, a vivência prática dos conteúdos teóricos fizeram a diferença para ele ter a certeza de que tinha escolhido a profissão certa. Foto: Arquivo pessoal
Me apaixonei de vez por essa profissão, em que posso cuidar de alguém que, muitas vezes, não consegue nem se mexer em uma cama. Tive contato com atividades, como dar banho, realizar um curativo e, principalmente, ver a evolução de pacientes para uma melhora. Isso não tem preço, avalia Bernardo, que hoje trabalha em dois hospitais de Vitória.
Apesar da importância comprovada do estágio, a prática apresenta baixos índices no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira de Estágios (Abres), baseado no Censo da Educação Básica do Inep/MEC de 2017, apenas 2,7% dos alunos de Ensino Médio e Técnico no país fazem estágio. Já no Ensino Superior, o percentual é de 8,9%.
De acordo com a coordenadora dos cursos da saúde do Colégio Lusíadas, Marcela Alvarenga, o estágio deve ser encarado como uma complementação do que o aluno aprendeu no curso. Segundo ela, a inexperiência é um dos maiores obstáculos para ingressar no mercado de trabalho, e o estágio, apesar de ser uma vaga de trabalho temporária, abre caminhos.
O estágio deve ser mais incentivado nas escolas. Com ele, o aluno adquire experiência, conhece novos profissionais, vivencia situações de trabalho de sua futura profissão e, ainda, recebe uma bolsa-auxílio para isso, afirma Marcela.
Aprendizado como prioridade
O estágio deve ser encarado como um complemento do aprendizado, e nunca pode atrapalhar o rendimento das aulas. Para isso, Marcela afirma que é importante haver um intercâmbio entre a escola e a empresa que oferece o estágio, para acompanhar o que o estudante está fazendo e a carga horária. Ela ressalta que a prioridade é o aprendizado.
O principal objetivo do estágio é proporcionar para os alunos os instrumentos de preparação para a introdução e para a inserção no mercado de trabalho. Quando esse objetivo é perdido, atrapalha o rendimento do aluno em sala de aula, orienta.
A coordenadora explica, ainda, que o Colégio Lusíadas possui parceria com várias empresas da Grande Vitória, tanto para o estágio como para emprego efetivo. As ofertas são postadas em redes sociais, murais da escola e sala de aula. Quando as empresas pedem indicações, a coordenação busca informações junto ao corpo docente da instituição.