Cursos mais procurados no Brasil em 2015 foram os presenciais de Direito, Administração e Engenharia Civil

No primeiro semestre de 2017, a média geral do valor das mensalidades no ensino superior ficou em R$ 898. No curso de Medicina, a mensalidade média foi R$ 6,2 mil; no de Odontologia, R$2,1; no de Arquitetura e Urbanismo, R$ 1,2 mil; e no de Engenharia, R$ 1,1 mil. Entre os cursos mais procurados, o que teve a menor média de mensalidade foi Pedagogia: R$ 621. As informações foram divulgadas no estudo Mapa do Ensino Superior, divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp).

O estudo revela ainda que os cursos mais procurados pelos estudantes, por faixa etária, nas instituições de ensino superior privado no Brasil em 2015 foram os presenciais de Direito (765 mil matrículas), Administração (506 mil) e Engenharia Civil (300 mil). No mesmo período, se for considerada a faixa etária até 24 anos, os mais procurados foram Direito, Administração e Engenharia Civil. Já na faixa etária de 25 a 44 anos, os cursos presenciais mais buscados foram Direito, Administração e Enfermagem e, na faixa etária acima de 45 anos, os preferidos foram Direito, Pedagogia e Psicologia.

Nos cursos presenciais, a maioria dos alunos matriculados (52,3%) está na faixa etária de 19 a 24 anos na rede pública, o percentual é de 57,8% e, na rede privada, de 50,1%. A faixa de 25 a 29 anos também contempla um número considerável de alunos, chegando a 20%.

A evolução das matrículas nos cursos de nível superior a distância registrou, de 2009 a 2015, crescimento de 66%, com aumento de 90% na rede privada e uma queda de 26% na rede pública. No período de 2014 a 2015, o crescimento na rede privada chegou a 5,2% (1,20 milhão de matrículas para 1,26 milhão). Já na rede pública ocorreu uma queda de 7,9% nas matrículas (eram 139 mil em 2014 e reduziram para 128 mil em 2015).

Empregabilidade

Segundo o estudo, a empregabilidade está aumentando entre os que têm ensino superior completo. De 2014 a 2015, os postos de trabalho para quem tem curso superior cresceram 1,5%, chegando a 9,7 milhões de empregos em 2015. No ensino médio, o crescimento chegou a apenas 1% e, no ensino fundamental, houve uma queda de 3% na empregabilidade.

Para o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, quem tem um diploma de ensino superior nas mãos tem mais chances no mercado de trabalho. No momento de boom econômico, quem tem escolaridade superior é o que mais consegue emprego e aumento no salário. E, em momento de crise, é o que menos sofre com desemprego.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Estágios (Abres), em 2015, o número de estagiários no Brasil chegou a 1 milhão, sendo 260 mil com ensino médio completo ou ensino técnico completo e 740 mil, do nível superior. Segundo a associação, esse dado mostra que apenas 2,7% dos alunos matriculados no ensino médio e técnico fazem estágio. No ensino superior, o percentual chega a 9,2%. Conforme o levantamento, o maior número de vagas oferecidas é para estudantes de Administração (16,8%), Direito (7,3%), Comunicação Social (6,2%), Informática (5,2%), Engenharias (5,1%) e Pedagogia (4,2%).

Em 2016, a média geral da remuneração paga a um estagiário brasileiro ficou em R$ 965. Para quem está no ensino médio, R$ 606; no médio técnico, R$ 762; no superior, R$ 1,1 mil; e no superior tecnológico, R$ 998. Já a remuneração média total do trabalhador brasileiro em 2015 ficou em R$ 2,6 mil. A média de remuneração de quem tem ensino superior completo foi R$ 5,7 mil. Para quem tem ensino médio completo, a renda média chegou a R$ 1,9 mil e, para os que têm ensino fundamental completo, a R$ 1,6 mil.

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