Com o encolhimento do mercado de trabalho, a faixa etária até os 24 anos é a mais afetada. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente a taxa de desemprego já atinge 12 milhões de pessoas. E o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, afirma, em pesquisa, que mais de 4,5 milhões são jovens com menos de 25 anos.
Muitos jovens recorrem às vagas de estágio, que tem se mostrado à margem da crise e apresentado números positivos nesse período turbulento. Um levantamento da Associação Brasileira de Estágios (Abres) mostra que há mais de um milhão de estagiários no país atualmente e, mesmo diante dos percalços da economia, muitas empresas se interessam por esses programas e investem no treinamento de estudantes visando ter uma equipe preparada quando a economia nacional aquecer novamente.
DESENVOLVIMENTO
Os programas de estágio têm se tornado tão atrativos para os jovens quanto para as empresas. Sua regulamentação aconteceu em 2008 através da homologação da Lei nº 11.788 e, desde então, agregou uma série de melhorias nesse processo de aprendizagem e experiência profissional. Para muitas empresas os jovens colaboradores representam muito mais do que custos reduzidos com a folha de pagamento, se trata de uma mão-de-obra qualificada que pode ser treinada e moldada de acordo com a cultura e os objetivos da organização.
Para o estudante, o programa representa uma oportunidade de colocar em prática toda a teoria que se aprende na sala de aula. Mesmo quando a universidade não exige o estágio como atividade obrigatória, a maioria dos alunos ainda opta por fazê-lo, pois, o programa oferece uma chance real de ingressar no mercado de trabalho e começar a projetar a carreira profissional, especialmente nesse momento de crise, no qual as vagas de emprego para os trabalhadores celetistas vem caindo progressivamente.
MAIORES CHANCES
Um levantamento recente, realizado pela Companhia de Estágios assessoria especializada no recrutamento e seleção de estagiários aponta que no último triênio a oferta de vagas, no período do segundo semestre do ano, teve uma média constante de crescimento em torno de 7%, e, as previsões se mantém positivas para o fechamento de 2016. Mesmo com a crise as empresas continuaram renovando os contratos vigentes e abrindo novas vagas em seus programas de estágio explica Tiago Mavichian, diretor da recrutadora.