Empresas têm 56 mil vagas de estágio em São Paulo

Maioria das vagas é para substituição de estudantes que se formaram no ano passado e que estão deixando o programa. A procura maior é por alunos do ensino superior, mas há boas opções para quem está no ensino médio


No retorno às aulas, os estudantes paulistas irão encontrar 56 mil vagas de estágio em todo o Estado. Até março as empresas esperam contratar 46,2 mil estudantes do ensino superior e 10,3 mil do ensino médio e técnico. Dentre as novas oportunidades, 40% se concentram na capital. Essa é a estimativa da Associação Brasileira de Estágios (Abres), que reúne consultorias de recursos humanos e também toma como base informações de empregadores.

Parte dessas vagas está sendo preenchida desde o começo do ano, mas a maioria será aberta em fevereiro e março. Em apenas duas grandes consultorias do Estado, o Núcleo Brasileiro de Estágios e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) há 15 mil vagas abertas para estudantes do ensino médio e superior.

Somente no Nube são 10,8 mil vagas e, até março, ainda são esperados 8 mil novos postos. “A predominância são vagas pontuais, 85% delas em pequenas e médias empresas. Programas de estágio de empresas de grande porte já foram realizados no final do ano passado”, explica o presidente do núcleo Carlos Henrique Mencaci.

A maioria das vagas é destinada a estudantes dos cursos superiores em administração de empresas, comunicação social, direito, ciências contábeis, engenharia e informática. “Engenharia é o curso que oferece a melhor remuneração, mas há setores, como o da engenharia civil, que está aquecido e não encontra profissionais suficientes no mercado. Portanto, começa a oferecer bolsas auxílio de até R$ 1.500 para atrair também estudantes”, conta Mencaci.

Especialistas confirmam que o primeiro trimestre é a melhor época de abertura destes tipos de vagas e os estudantes não devem esperar o início das aulas. Até lá, a maioria dos postos já foi preenchida. As vagas eram ocupadas por estudantes que se formaram no ano passado e estão sendo reabertas para contratação de novos estagiários.

O número de vagas que serão abertas nos três primeiros meses do ano, porém, é 46% menor do que o número de novos postos no mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre de 2009, foram 105 mil, sendo 81 mil apenas no ensino superior. A Abres acredita que, além da crise econômica, a nova lei de estágios, que prevê férias e turno de seis horas para estagiários, contribuiu para o fechamento de postos.

A estudante de relações internacionais Tatiene do Vale, 21 anos, conseguiu sua vaga em uma multinacional em dezembro após quase um ano de procura. “No começo do ano passado muitos amigos conseguiram vagas que logo depois foram cortadas por causa da crise. Ao longo do ano fui encontrando mais oportunidades na minha carreira até que fui contratada. Além de me encaixar no perfil, demonstrei interesse pela empresa e enfoquei em apenas uma área de atuação”, conta.

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