Passado o primeiro impacto da chamada Lei do Estágio, instituída em 25 de setembro, as consultas ao Ministério do Trabalho para obtenção de maiores esclarecimentos indicam que os empregadores estão se adaptando à nova legislação e, segundo especialistas, a partir de março as contratações devem ser retomadas. Uma expectativa tranquilizadora, pois, logo após sua publicação, houve retração de 40% na busca por estagiários. A preocupação inicial das empresas se justifica porque o texto legal passou a vigorar justamente quando surgiram os primeiros sinais da crise econômico-financeira que está causando estragos no mundo inteiro, e o Brasil não é exceção.
Além disso, muitos entenderam a nova lei como trabalhista, o que não é o caso, como explica o presidente da Associação Brasileira de Estágios (Abres), Seme Arone Júnior: “Estágio é educação, e suas regras são fixadas nos Termos de Compromisso de Estágio, reguladas pelas instituições de ensino”. E ele acrescenta que a nova lei, além de trazer benefícios e melhores condições de aprendizado para os estudantes, garante maior segurança jurídica para as empresas. Então, o que se espera é que, passada essa fase de adaptação, as oportunidades de estágio sejam ainda maiores, o que trará benefícios aos empresários e, principalmente, aos estudantes.