Entenda como motivar o time e ser referência para formar estagiários
Uma coisa é certa: cada indivíduo é único e possui características singulares. Juntos, o time consegue superar expectativas e agregar bons resultados por conta das ideias plurais. Nesse sentido, sempre me perguntam: como criar uma boa cultura organizacional para integrar estagiários, aprendizes e efetivos? Pois bem, isso depende muito da estrutura da empresa e mais ainda do líder.
A cultura organizacional é fundamental para uma gestão de excelência
Em geral, quando você propaga valores sólidos e bem definidos, a tendência é criar uma cadeia hierárquica cada vez mais próspera e respeitada. Para isso, é imprescindível focar em um modelo de gestão, pois ele é responsável por propor um manual de condutas para impactar no desempenho dos colaboradores.
Neste cenário, delinear um padrão para a administração é extremamente pertinente. Afinal, apesar das complexidades envolvidas com as expectativas de cada integrante, todo gestor precisa ter a capacidade de identificar as partes mais influentes e trabalhar em conjunto com elas, elevando a performance do coletivo.
Outro ponto crucial é desenvolver um bom relacionamento com sua equipe, visando compreender suas necessidades e buscar soluções mais adequadas para minimizar conflitos. Um bom capitão não faz “caça às bruxas” quando algo sai do controle, mas sim se coloca à disposição para encontrar a melhor resolução para o assunto.
Entretanto, diariamente diversos executivos me questionam sobre essa concepção. Na prática, sua aplicação é definida por um conjunto de propósitos, rituais, crenças, hábitos e jargões utilizados dentro da empresa, assim como os comportamentos e boas práticas.
Além disso, o conceito também é responsável por caracterizar a forma como os negócios são conduzidos e em como seus clientes e funcionários são tratados. Hoje, é considerada uma ferramenta muito importante para compor a gestão assertiva, visando o engajamento e a retenção de talentos, principalmente aqueles originados da Geração Z.
Pesquisas comprovam a importância de focar na cultura organizacional do negócio
Segundo uma pesquisa feita pela Deloitte, 88% dos funcionários e 94% dos líderes entrevistados ressaltaram: o sucesso a longo prazo de uma corporação é resultado do impacto de sua cultura organizacional. Isso porque gera uma alta taxa de resultados do time por meio de confiança e empatia.
De acordo com estudos do o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), há um índice de 24% de rotatividade voluntária nas entidades brasileiras. Enquanto, entre as “150 Melhores Empresas Para Trabalhar no Brasil” em 2019, a taxa é de 7%.
Como justificativa, muitos pensam na remuneração insatisfatória, porém tal diferença de turnover pode ser um precedente de uma gestão de pessoas. Afinal, estudos da Universidade de Zurique revelam o quanto o aumento salarial não necessariamente influencia no engajamento e na produtividade.
Uma prova disso é vista nos principais fatores de permanência nas organizações presentes no ranking nacional do Great Place do Work. Entre eles, destacam-se a oportunidade de crescimento e a qualidade de vida, mostrando como a renda mensal e os benefícios não bastam mais.
Como propagar boas práticas para o meu time e aumentar o engajamento?
Ao investir em campanhas e estratégias para motivação, o empreendimento começa a formar “dentro de casa” verdadeiros embaixadores, os quais propagarão uma boa reputação e imagem da marca, focando nos pontos positivos. Além disso, ainda hoje o marketing “boca a boca” tem grande influência.
Sendo assim, uma instituição com valores bem delimitados e comunicados de forma efetiva, aumenta o alinhamento da liderança em relação ao comportamento esperado dos colaboradores. Uma cultura organizacional eficiente transforma o ambiente, trazendo mais objetividade, produtividade e sinergia entre todos os envolvidos. Dessa forma, quando se tem demandas otimizadas e bons colegas te esperando, se torna mais prazeroso acordar para trabalhar dia após dia.
Na maior parte das corporações, o papel de trazer campanhas para ressaltar e ensinar as boas práticas fica com o RH (Recursos Humanos) em conjunto com a liderança. Assim, precisam estar focados em analisar a equipe e promover, de forma saudável, um comportamento eficiente para implementar no cotidiano. Vale lembrar: uma comunicação clara e objetiva funciona como uma mola propulsora no incentivo da satisfação.
O estágio é a melhor estratégia para fomentar a cultura organizacional
Em geral, o estagiário chega sem vícios ou manias de outras experiências profissionais e o gestor consegue ajudá-lo a trilhar seu caminho conforme as filosofias internas da companhia. Desse modo, é uma grande chance de desenvolver grandes gênios, para os mesmos ocuparem cargos de liderança e continuarem evoluindo o negócio ao longo dos anos.
Ademais, eles são naturalmente mais conectados, por estarem em constante aprendizado da sala de aula, possuem um alto potencial de inovação, propondo ideias atualizadas e plurais. Dessa forma, o empreendimento possui a possibilidade de implantar táticas ainda impensadas, ao unir as competências de quem já conhece a realidade do negócio com as habilidades recém aquecidas de quem chega no ambiente laboral por agora.
Além de serem aspectos de extrema relevância, também são diferenciais competitivos, pois agrega valor na imagem e reputação da marca. Afinal, quem vê de fora presencia uma empresa preocupada em formar os futuros cidadãos brasileiros, incidindo contra a evasão escolar.
Isso porque, para estagiar, é preciso ter mais de 16 anos, como regula o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e estar regularmente matriculado, “freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos”, conforme ressalta o primeiro artigo da Lei de Estágio, nº 11.788/2008.
Para as contratantes, existem inúmeros proveitos. Como a modalidade não possui vínculo empregatício, há a isenção de impostos e direitos trabalhistas, tais como FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), 1/3 sobre férias, multa rescisória de 40% e 13º salário.
Por fim, abra as portas da sua empresa para quem chega agora no mercado e está cheio de vontade de “fazer acontecer”. Assim, você renova criativamente o time e ainda acrescenta vantagens para colher melhores resultados. Para essas contratações, conte com os associados da Abres, são agentes de integração espalhados por toda a nação. Juntos, construímos um Brasil mais próspero!
*Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios
Oiii tudo bem ? Espero que sim !
Adorei seu artigo muito bom mesmo;
Sucesso 🙂