Estagiários são fontes de novidades para as companhias e pilares do futuro
Esse período de final de ano é sempre bem movimentado: são empresas encerrando seus expedientes, processos seletivos sendo abertos para a próxima jornada, estagiários sendo efetivados, jovens escolhendo a carreira a seguir, entre outras coisas. No pós-pandemia e diante da tecnologia, essas ações têm acontecido ainda mais rápido.
Afinal, a transformação digital acelera cada vez mais os modelos de trabalho, a educação, a necessidade por novas habilidades e a adequação dos procedimentos internos, por exemplo. Com isso, as instituições precisam se ajustar e modernizar também com maior velocidade para acompanhar tais alterações.
Essa realidade reflete, inclusive, no estágio em home office. Dessa forma, as companhias conseguem admitir candidatos de todo Brasil ou mesmo fora dele. Para os selecionadores, o recrutamento remoto oferece mais agilidade, pois eles conseguem entrevistar mais talentos, em menos tempo. Afinal, não há deslocamento e esperas presenciais.
Já para os aspirantes, ampliou-se a diversidade e as fronteiras, pois as possibilidades expandiram seu alcance a nível nacional. Bem como, potencializou-se a pluralidade dos perfis e a inclusão de pessoas com deficiência física (PCD). Ou seja, é uma boa oportunidade para quem contrata e anseia por uma chance no mercado empresarial.
Benefícios para todos
Além disso, existem também vantagens econômicas nisso tudo. O ato educativo escolar supervisionado, conhecido popularmente como estágio, não gera vínculo empregatício. Logo, a corporação fica livre de pagar encargos trabalhistas, como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 13º salário, ⅓ sobre férias e eventual multa rescisória. Sobretudo, com o colaborador operando de sua casa, poupam-se gastos diários com o espaço físico.
Já para quem ocupa essa posição, a carga horária é reduzida, máxima de seis horas diárias e 30h semanais, pois o foco é alinhar a rotina entre a entidade e a sala de aula. Isso tudo foi criado para facilitar a inserção desse grupo no universo corporativo. Com isso, garante-se a renda para a manutenção dos estudos e um passaporte assegurado para dar o start na carreira.
Sendo assim, o estágio é a principal maneira de conservar a juventude nas classes adquirindo conhecimento, enquanto oferece uma perspectiva de profissionalização. Afinal, para ser um estagiário é necessário estar matriculado no ensino médio, técnico, superior ou nos dois anos finais do EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Como sempre digo: só a educação é capaz de transformar esse cenário global. A partir daí, vem a reestruturação das competências, como a empatia ou a inteligência emocional, muito abaladas nos últimos anos. Estamos dando um passo de cada vez pela recuperação do país e o estágio é uma alternativa muito importante para a nação. Então, as companhias podem nos ajudar e conservar nossa garotada aprendendo. Vamos lutar pelo Brasil juntos!
Feliz natal e boas festas!
Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios