Na atuação, o jovem adquire conhecimentos práticos e ajuda a movimentar a economia.
Na quarta-feira, 18 de agosto, celebramos o Dia do Estagiário. A data é uma conquista da inserção dos nossos jovens no mundo corporativo. Contudo, o desafio se mantém desde a publicação da legislação em 2008: oferecer e ampliar as oportunidades de estágio, investindo na carreira dos estudantes.
Os números estão longe de serem ideais, mas estamos otimistas em relação a 2020. Atualmente, são 900 mil estagiários em todo o Brasil fomentando seus conhecimentos da sala de aula e conquistando a tão esperada experiência profissional. Isso é um suspiro de esperança e a nossa missão, enquanto Abres, consiste em continuar conscientizando as empresas da necessidade de contratar esse grupo e os benefícios adquiridos com ele.
Os jovens ganham com isso
Veja só! Para os acadêmicos, o ato educativo escolar supervisionado, como é denominado o estágio, é um grande aliado. A Lei 11.788/08 limita a carga horária em seis horas diárias e 30h semanais. Além disso, proíbe horas extras. Isso é um grande auxílio para o acadêmico organizar sua rotina entre a corporação e a classe.
Além disso, no modelo extracurricular ou não-obrigatório – válido como atividade opcional – é determinado o pagamento da bolsa-auxílio, do auxílio-transporte e recesso remunerado. Uma forma de ajudar o indivíduo a custear seu ensino ou despesas domésticas. O vale-refeição, convênio médico ou qualquer outra vantagem fica a critério da organização, mas não é mandatório e nem caracteriza vínculo. Independentemente da compulsoriedade, deve ser oferecido o seguro contra acidentes pessoais.
As companhias também têm vantagens
Essas normas foram criadas para facilitar a admissão dessa faixa etária. Afinal, essa é a parcela da população mais necessitada de uma chance no meio empresarial. Então, para impulsionar a contratação, as corporações ficam livres de pagar encargos trabalhistas, tais como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ⅓ sobre as férias, 13º salário e eventual multa rescisória.
Esse é um jeito favorável para todos os envolvidos. Tanto as entidades adquirem novos talentos, sem vícios, quanto a moçada conquista, muitas vezes, a primeira posição nesse universo laboral. Assim, sendo bem treinada, essa pessoa pode aplicar na prática com qualidade os conteúdos recém aprendidos nas instituições de ensino.
Sobretudo, o objetivo é difundir o conhecimento de maneira estratégica, pois somente a educação é capaz de transformar essa grande crise mundial. A partir daí, vem a reestruturação das competências, como a empatia ou a inteligência emocional, muito abaladas frente a essa situação delicada do país.
Isso é uma visão do futuro, confirmada pela pesquisa da Semesp (Associação Profissional das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo). Segundo o levantamento, quem possui uma graduação tem 54% menos chances de ficar desempregado.
Portanto, essa é uma modalidade criada para inserir e manter os estagiários nas corporações e estudando. Então, faça parte desse projeto: conserve nossa garotada aprendendo. Vamos lutar pelo Brasil juntos!
Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios