A mulher no ambiente laboral: estagiárias de sucesso!

O histórico da figura feminina no meio empresarial apresenta inúmeros altos e baixos começando, atualmente, um processo de olhar mais afundo para esse público, oportunizando novas vivências empregatícias. A Abres (Associação Brasileira de Estágios) apoia essa causa e demonstra, por meio dessa matéria, como o estágio pode ser uma grande vivência para elas sentirem a experiência prática. Veja agora!

A realidade da mulher no mercado como um todo

O papel das mulheres no mercado de trabalho tem evoluído bastante nas últimas décadas. Antes, por exemplo, as chances de ocupação eram restritas a alguns setores e cargos. Hoje, elas estão presentes em praticamente todas as áreas e desempenhando diferentes funções, inclusive de liderança. Todavia, ainda há muito a ser feito para garantir a igualdade de gênero no ambiente laboral. Em 2023, ainda enfrentam desafios e pedras no caminho, as quais precisam ser superados para alcançar o próprio potencial.

Consoante números da PNAD Contínua, realizada pelo IBGE, referente ao 3º trimestre de 2022, elas constituem 44% da mão de obra no Brasil. Ao mesmo tempo, são a maior parte dos desempregados (55,5%) e, em comparação com os trabalhadores, recebem 21% a menos e ocupam os setores mais precarizados. Nos serviços domésticos, por exemplo, a maioria são negras e totalizam 91% dos ocupados. Tais dados são referentes às publicações do DIEESE no Boletim Especial 8 de março – Dia da Mulher e nos permitem refletir sobre as desigualdades históricas do Brasil, destacando, ainda, a interseção entre classe, gênero e raça no aprofundamento desse impasse.  

Ainda de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do total da população brasileira, 51,1% são mulheres e 48,9% são homens. Ademais, segundo o Censo Demográfico de 2021, cerca de 58% (5.248.891) dos matriculados no ensino superior são formados pelo sexo feminino. Esses resultados deixam claro como elas são maioria, seja em um âmbito geral da sociedade nacional, ou quando se diz respeito a presença em instituições de ensino e busca pelo desenvolvimento acadêmico. 

Conforme a Pesquisa Nacional de Bolsa-Auxílio 2022, realizada pelo Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), a média de valor recebido por alguém do gênero masculino em um estágio é de R$ 1.204,66, enquanto, para elas, o valor ficou em R$ 1.083,47. Entretanto, o presidente da instituição explica não ser algo relacionado a preconceito ou discriminação. “Essa diferença é chamativa. Todavia, tem uma explicação. As moças, majoritariamente, optam pelas humanidades, tais como pedagogia, comunicação e saúde, por exemplo, as quais pagam menos, quando comparadas às carreiras de exatas”, sintetiza Seme Arone Júnior. Logo, ao se observar um curso específico, não há esse tipo de divergência entre as bolsas-auxílio oferecidas.

O diferencial do estágio para mudar esse cenário

A maternidade, nesse sentido, ainda é vista como um fator prejudicial. Muitas entidades não oferecem políticas de licença-maternidade e de flexibilidade de horários permitindo conciliar ser mãe com o emprego. Isso acaba desencorajando a busca por posições de maior responsabilidade. É importante destacar então, como elas têm conquistado cada vez mais espaço em diferentes vertentes. Isso é reflexo de uma mudança de mentalidade social e corporativa, gradativamente valorizando a diversidade e a inclusão. Um exemplo disso é a crescente presença delas no âmbito tech, tradicionalmente dominado por eles. Outra conquista é a maior participação em cargos de chefia interna. 

Tendo em vista toda essa realidade de dificuldades, o estágio pode ser de enorme valia e auxílio, pois é o momento da mulher se enxergar, de fato, no local de serviço e descobrir se aquele é realmente seu sonho. Ademais, o convívio com outras trabalhadoras já inseridas no campo de atuação tende a causar um sentimento de animação, conforto e apoio, podendo inspirar e dar suporte. “Essa é uma excelente oportunidade para a mulher marcar presença no âmbito. Inclusive, nós temos um número expressivo delas, meninas de ensino médio e faculdade, em áreas específicas as quais entram no programa. Muitos meses, temos, até mesmo, um número maior delas ante os homens”, indica Rose Campos, da Central de Estágios MT.

Nesse mesmo contexto, a chance de se aprimorar cada vez mais e conquistar uma vaga permanente no escritório é grande, iniciando a jornada com o pé direito. Segundo dados da Abres, são 900 mil estagiários no Brasil e, cerca de 40% a 60% deles superam as expectativas de seus gestores e são efetivados. Segundo pesquisa da consultoria Robert Half, realizada em 2022, cresce a preocupação das firmas em diminuir a desigualdade de gênero. Atualmente, cerca de 55% dos recrutadores afirmam adotar políticas claras voltadas para essa promoção. No último levantamento sobre o tema, realizado em fevereiro de 2021, essa porcentagem ficou abaixo dos 40%, indicando um avanço.”Não vejo uma discriminação entre os gêneros no geral. Determinados cargos mais pesados tendem para os meninos e os mais administrativos para elas. Contudo, isso não é uma regra e atendemos aos dois igualmente. A questão da capacitação é o ponto ideal para se sobressair”, finaliza Rose.

O potencial da experiência na vida de um jovem

Promulgado em 25 de setembro de 2018, a lei 11.788, denominada Lei do Estágio, descreve a vivência como um “ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no local de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos”, ou seja, o EJA. Assim, não há idade limite para se beneficiar, apenas ter mais de 16 anos e estar estudando. 

Sobre carga horária, justamente visando não atrapalhar de nenhuma forma a jornada de atividade é definida em comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno ou seu representante legal. Dentre as limitações, não deve ultrapassar 4h diárias e 20h semanais para educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos; ou 6h por dia e 30h na semana no caso de ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. Sobre o tempo total em uma mesma companhia, o período máximo é de 2 anos, norma inválida para PCD’s (pessoas com deficiência).

Por fim, para facilitar todo o procedimento e diminuir as burocracias aliadas, os agentes de integração têm um papel fundamental para auxiliar no cumprimento das exigências, bem como na manutenção jurídica. Se você ainda possui dúvidas, fale com os nossos associados! Entre em contato com a Central de Estágios MT para ser e seu aliado nessa trajetória! 

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