TV Abres: o estágio como uma alternativa para inclusão dos jovens

A modalidade é a principal porta de entrada para o mercado de trabalho!

O estágio é o sonho de muitos estudantes. Isso porque é a oportunidade de unir a teoria com a prática. Por isso, é considerado a principal porta de entrada para o mercado de trabalho. Nesse sentido, a iniciativa também pode ser considerada uma alternativa de inclusão para os jovens? Entenda mais nesta TV Abres! 

A pandemia mostrou como o estágio colabora para um futuro mais próspero

A crise sanitária impulsionou uma triste realidade em nossa nação. De acordo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil conta com 10,1 milhões de desempregados. Entre eles, os jovens de 18 a 24 anos são os mais afetados. Esses números foram acentuados por conta do isolamento social, na qual muitos estudantes se viram à mercê quanto a sua formação educacional e da própria sorte ao procurarem uma oportunidade.

Segundo Elizandra Farias, diretora da Energia Mais RH, todos os segmentos foram impactados. “A pandemia mudou muito o mercado, como um todo, não somente para o estagiário, como também para quem buscava vagas efetivas”, afirma. Isso porque trouxe instabilidades no meio empresarial, assim como apresentou outras possibilidades. “Hoje, as pessoas estão procurando comodidade e qualidade de vida. Então, o desejo por trabalhar em casa, home office, tem sido muito maior”. 

É preciso reconhecer como o estágio é a principal porta de entrada para a dimensão corporativa, seja presencial ou teletrabalho. Assim, incentivar mecanismos para mudar esse cenário de desocupação brasileira e melhorar as perspectivas de milhões de indivíduos é um dever de todos, principalmente das instituições. Dessa forma, se mostra como uma alternativa assertiva e eficiente de conduzir esses indivíduos em um caminho promissor. 

Para Yanka Dias, Supervisora da Avance Estágios, isso é muito claro. “Como diz a Lei nº 11.788/2008, o estágio é um ato educativo escolar supervisionado. Ou seja, investir na iniciativa é uma forma de investir diretamente na educação dos nossos jovens”, comenta. Logo, esse aspecto, voltado para um cunho mais social, contribui para a diminuição da evasão escolar, pois a matrícula precisa estar ativa, tal como sua frequência acadêmica. 

Ademais, a modalidade também incide na sua dinâmica de contratação, proporcionando mais chances para os candidatos. Afinal, ela colabora para a qualificação da mão de obra, principalmente daqueles em busca da primeira prática corporativa. Isso porque não é exigido experiência, como destaca a própria legislação. 

Portanto, com a vivência adquirida no ato educativo aliada ao conhecimento teórico das salas de aula, é possível a formação de cidadãos mais capacitados e conscientes. Desse modo, a influência é positiva em uma relação de ganha-ganha, com consequências favoráveis para o Brasil. 

O estágio é aliado da educação e economia brasileira

Essa prática influencia positivamente na educação e na economia brasileira. De acordo com o Atlas da Juventude, os jovens foram os mais impactados com a chegada da Covid-19. A geração “nem-nem”, aqueles conhecidos por não estudar e nem trabalhar, aumentou de 10%, em 2020, para 16% em 2021. 

Para Yanka, as instituições de ensino são responsáveis por expandir os ideais dessa juventude. “As escolas devem formar cidadãos capazes de exercer suas escolhas, mostrando desde cedo como é importante ser uma pessoa responsável com os sonhos, metas e objetivos. Ensinando como, por meio das funções, os alunos conquistarem suas expectativas profissionais, nas quais suas visões e objetivos devem vir de lados opostos a violência”, destaca. 

Dessa forma, o estímulo pela vontade de ter uma carreira deve vir desde sua formação educacional, com estratégias para tornar os estudos mais atrativos. “É necessário alguns métodos de motivação, os órgãos responsáveis precisam se adaptar à realidade dos estudantes. Devem  existir também com mais frequência palestras motivacionais capazes de afetar a mente do jovem, para fazê-lo  pensar nos seus desejos para o futuro. Também acredito na necessidade de um suporte psicológico e acompanhamento dos pais”, recomenda. 

De acordo com estudos elaborados pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) e pelo professor Daniel Cerqueira, membro do Ipea do Rio de Janeiro, há uma relação inversa entre o crime e a educação. Quanto maiores são as taxas de escolarização, menores são os registros de agressão. Segundo sua análise sobre a escolaridade das vítimas de homicídios no Brasil entre 1980 e 2010, constatou: quem estuda mais tem menos chances de morrer de forma violenta. 

Conforme o docente, a cada 1% a mais de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola, o índice de homicídio em uma determinada localidade aumenta 2%. “Por intermédio da instituição de ensino, o indivíduo começa a entender o quão importante é ter uma profissão. Ao estagiar, ele mergulha em um mundo novo, onde vários caminhos são abertos”, finaliza a supervisora da Avance Estágios. 

Existem diversos benefícios no estágio tanto para o aluno quanto para a corporação

Como pondera Elizandra, “o estágio não é mágico, mas ele transforma vidas”. Isso tanto para o participante quanto para a concedente. Gradativamente os gestores percebem o quanto essa ação é benéfica tanto para a receita da companhia quanto para a formação de futuros profissionais da nação. Isso porque é uma estratégia assertiva colher esses talentos diretamente da graduação, por exemplo, de modo treiná-los de acordo com os desafios e demandas organizacionais. Dessa forma, são selecionados iniciantes promissores, no qual seu desenvolvimento anda em conjunto com a missão, valores e cultura da corporação. 

Já para os acadêmicos, possui serventia de inúmeras formas. Essa prática possibilita conhecer a rotina corporativa da profissão escolhida, de forma empírica, com seus desafios e conquistas diárias. Assim, eles passam a ter uma ideia realista e conquistam a certeza de qual segmento é o mais adequado às suas ambições e necessidades. Para melhorar: conforme dados levantados pela Associação Brasileira de Estágios (Abres), a chance de efetivação varia de 40% a 60%. 

Portanto, o estágio é uma ótima alternativa para a inclusão dos jovens. Invista em estagiários e ajude a mudar o futuro do país enquanto estimula a economia e educação brasileira. Aposte na juventude! Obrigada e até a próxima edição da TV Abres!

 

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