O poder do estagiário para o Brasil

A modalidade foi criada para inserir e manter os jovens nas corporações e nas salas de aula

O número de jovens fora das salas de aula e dos trabalhos, conhecidos como a “Geração nem-nem”, sempre foi preocupante, mas a situação ficou ainda pior com a pandemia. Afinal, a moçada representa tanto o presente, quanto o futuro. Então, garantir a redução da evasão escolar e estimular a contratação dessa parcela da população é a melhor maneira de construir uma realidade mais próspera e igual para todo o Brasil. 

Felizmente, o cenário tem ficado mais positivo. O índice de desemprego vem caindo mês a mês, logo, cada vez mais pessoas voltam ao mercado de trabalho. A crise sanitária dá claros sinais de enfraquecimento, graças à vacinação avançada e, assim, a economia volta a girar. A bolsa americana bate recordes históricos e a balança comercial brasileira também. 

Ou seja, a retomada chega com força em 2022. Então, é hora das empresas reforçarem suas equipes com gente nova, digital, cheia de energia para aprender e inseri-los no mundo corporativo. Isso é um ato social e muito lucrativo a médio prazo. Sobretudo, é uma pílula de inovação para as organizações.

Benefícios para o estudante

Nesse sentido, o estágio é uma saída. Isso porque, além da modalidade prever uma carga horária reduzida – seis horas diárias e 30h semanais – possibilita ao estudante o contato com a parte prática do conteúdo do curso. Assim, ele consegue adquirir conhecimento teórico na instituição de ensino e colocar a “mão na massa” no ato educativo. 

Ademais, com a bolsa auxílio, compulsória na atividade “não obrigatória” ou extracurricular, esse estagiário tem renda e um estímulo para se manter na universidade, pois poderá arcar com as suas despesas. Sendo assim, reforço: o estágio é um investimento na educação. 

Vantagens para a empresa

Para as companhias esse modelo também é interessante. O benefício está diretamente relacionado aos direitos legais. Logo, como o exercício não gera vínculo empregatício, o empreendimento fica livre de pagar encargos trabalhistas, tais como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 13º salário e verbas rescisórias. Isso foi feito, justamente, para facilitar a admissão desse grupo necessitado de dar o primeiro passo na carreira.

O talento também entra para a entidade sem vícios e pode ser moldado de acordo com a gestão. Assim, quando ele se destaca é bem provável sua efetivação, pois já está dentro da rotina e padrões da liderança. Por isso, a taxa de efetivação desse conjunto é de 40% a 60%. Uma estatística muito positiva.

Portanto, é uma relação de ganha-ganha. Afinal, todos os envolvidos têm vantagens. Faça parte desse projeto: conserve nossa juventude aprendendo. Assim, vamos lutar pelo Brasil juntos! 

*Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios

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