O poder de transformação social do estágio

A modalidade ajuda a economia e a educação no Brasil. Veja como conquistar sua vaga.

Felizmente, o Brasil está rapidamente reduzindo os impactos provocados pela pandemia com a aceleração da vacinação, mas os números estão longe de serem ideais, é claro. Um dos principais anseios da população é a retomada, de vez, do mercado de trabalho. A taxa de desocupação caiu um ponto percentual no trimestre encerrado em junho, chegando a 13,7%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso já é motivo de vibração e de esperança. 

Nesse sentido, o estágio é uma grande oportunidade de preservar a juventude ativa e estudando. Isso porque quando mantemos um brasileiro na sala de aula, estamos não só dando conhecimento, mas a possibilidade de estagiar e, com isso, ter renda e passaporte garantido para entrar no mundo corporativo. 

É ainda mais proveitoso porque a carga horária máxima é de seis horas diárias e 30h semanais. Sendo proibido horas extras. Ou seja, muito diferente de um efetivo, por exemplo. Isso ajuda a equilibrar a vivência acadêmica e a corporativa.

Além do mais, existem benefícios diretamente relacionados à modalidade não gerar vínculo empregatício. Assim, a contratante fica livre de pagar encargos trabalhistas, como FGTS, INSS, 13º salário, ⅓ sobre férias e eventual multa rescisória. Outra diferença está no envolvimento da instituição de ensino, pois é voltada apenas para quem está matriculado no nível médio, técnico, superior ou EJA (Educação de Jovens e Adultos).

Por isso, essa é uma forma de retenção vantajosa para todos os envolvidos. Tanto para os gestores adquirirem novos talentos, quanto para a moçada a experiência. Sendo assim, bem treinado, esse indivíduo pode aplicar com efetividade os conteúdos obtidos nas salas de aulas.

Como conquistar uma vaga?

Diante desses incentivos, se você está à procura de uma vaga, a primeira sugestão é atentar-se aos sites, e-mails e telefones do setor. Na própria Abres temos muitos associados especializados na abertura e encaminhamento de posições dessa modalidade. São chamados legalmente de “agentes de integração”’, conforme a lei 11.788/2008. 

Outra observação é continuar sempre a conquistar novos conhecimentos e se especializar. Isso conta muito para o mercado. Inclusive, principalmente durante a pandemia, muitas organizações e instituições de ensino disponibilizaram cursos, feiras e workshops gratuitos. 

Lembre-se também de manter o currículo (CV) atualizado e atraente. Afinal, essa conjuntura instável impôs outras habilidades e competências para os negócios. Então, conserve seu CV atualizado, redigido corretamente e com um bom português, pois isso pode ser o fator decisivo entre ser convocado ou não para uma entrevista. 

Continue em frente! A vida é repleta de “nãos”, mas eles jamais podem nos definir. Sempre é possível dar a volta por cima investindo tempo em si mesmo. Como sempre digo, existe a vaga exata para cada candidato. Sobretudo, a Abres está disposta a ajudar organizações, adolescentes e o país a superarem a crise e, cada vez mais, garantir um futuro brilhante para a nossa juventude! 

Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios.

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