Estágio como alternativa na contramão do desemprego

A modalidade é uma alternativa para reverter o desemprego, além de diminuir também a evasão escolar.  

Em novembro de 2020, foi registrada a maior taxa de desemprego da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 (Pnad), iniciada em maio no Brasil, chegando a 14,2%. O número corresponde a 14 milhões de pessoas desocupadas no país. Um crescimento em relação ao mês de outubro, no qual foram registrados 13,8 milhões de indivíduos na mesma situação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Veja o impacto desses dados. 

Isso representa um crescimento, em sete meses, de quatro milhões de brasileiros sem trabalho. Por outro lado, a população ocupada subiu para 84,7 milhões, a primeira alta desde maio de 2020, com uma elevação de 0,6% em relação a outubro. 

Nesse sentido, o ato educativo escolar supervisionado também surge como um grande aliado na contramão do desemprego. “Um programa de estágio bem estruturado forma talentos para empresas de pequeno, médio e grande porte. Isso oportuniza custo-benefício, reduzindo investimentos empregatícios e qualificando a mão de obra. Assim, contribui com a redução dos índices de desocupação”, explica a diretora de negócios e gente da ASH Talentos, Andréia Andrade. 

O estágio promove uma relação de ganha-ganha

Para a dirigente, a modalidade é um ótimo caminho social de inserção no mercado, com avaliação positiva da sociedade. “Treinados, bem assistidos, os estagiários cumprem de forma satisfatória, as normas e realizam as atividades solicitadas, retribuindo de maneira competente a oportunidade dada pela organização”, conclui. 

O foco da nação deve ser na educação da juventude. Por isso, no cenário atual é preciso oferecer-lhes recursos para o financiamento da instituição de ensino. Nesse sentido, essas são medidas alinhadas, pois o ato educativo é voltado apenas para quem está regularmente matriculado em um estabelecimento educativo. Ou seja, é preciso ser estudante para estagiar. Consequentemente, assegura-se o aprendizado e o start profissional do indivíduo. 

Logo, é uma relação de ganha-ganha. Afinal, o estudante recebe uma bolsa-auxílio ajudando-o na manutenção financeira do seu aprendizado. Além disso, a carga horária é reduzida, máxima de seis horas diárias e 30 horas semanais. Isso os permite organizar a rotina entre a corporação e a sala de aula.

Benefícios para empresa

Para as organizações também é um benefício, pois o estágio não gera vínculo empregatício. As companhias ficam isentas de encargos trabalhistas, tais como 13º salário, ⅓ sobre férias, FGTS e INSS e eventual multa rescisória. 

Por isso, ao afetar o sistema laboral, os impactos se alastram. Um exemplo é a sequela na aprendizagem diante do aumento da inadimplência no ensino superior. Além de também trazer gastos ao país, pois esse fator gera perda de 372 mil reais por ano e estima-se uma despesa de 214 bilhões de reais, anualmente, para o Brasil. Isso equivale a 3,5% do PIB. Ou seja, é uma perspectiva alarmante tanto para a educação, quanto para a economia. 

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