A inserção do estudante no mercado de trabalho

Um dos desafios para os estudantes é a inserção no mercado de trabalho, isso porque muitas vezes a falta de experiência ou de orientação os afastam na busca de oportunidades. Pensando nesse cenário, o estágio surge como uma solução positiva para o crescimento profissional dos jovens! 

Acredito na potencialidade da formação técnico-profissional, ou seja, na possibilidade promovida pelo ato educativo escolar supervisionado em agregar os conhecimentos teóricos, aprendidos em sala de aula, com a prática desenvolvida ao atuar em uma corporação. 

Frequentemente, a insegurança dos alunos parte justamente do fato de não possuírem vivência laboral. Nesse momento devemos ressaltar: a modalidade tem justamente essa finalidade. É o primeiro passo para a construção de uma carreira de sucesso. O discente, orientado e acompanhado por um supervisor, irá desenvolver habilidades e aprendizados para o resto de sua trajetória profissional. 

A Lei do Estágio 11.788/08 determina a carga horária máxima em seis horas diárias e 30 semanais, proibindo a realização de horas extras. Dessa forma, os educandos organizam melhor sua rotina entre trabalho e escola.

Além disso, outras questões serão decisivas no momento dessa contratação, como as experiências acadêmicas, as tarefas realizadas na faculdade, valores e objetivos pessoais, atividades extracurriculares, de voluntariado, entre outros. Com a pandemia, por exemplo, vimos o crescimento exponencial de cursos virtuais e workshops gratuitos, capazes de agregar no currículo de quem está começando.

Os benefícios também ocorrem para as empresas. Os jovens estão mais adaptados às mudanças do momento e inseridos nas tendências digitais e tecnológicas necessárias para o futuro dos negócios. De acordo com o levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), a Geração Z já representa 32% do total da população mundial. 

Ainda, segundo estudo da Socialnomics, nos Estados Unidos, por exemplo, essa faixa etária representará 20% dos trabalhadores do país. Portanto, é necessário se atentar à presença juvenil dentro das instituições. Ela contribui com mais engajamento, motivação, entusiasmo, criatividade e inovação para as companhias, as quais também se beneficiam ao capacitar um funcionário de acordo com sua cultura interna e valores. É vantajoso para ambas as partes. 

Outro aspecto importante é como esse modelo de contratação pode ser o motor da educação e empregabilidade do país. De acordo com dados do último Censo da Educação Básica do Inep/MEC, no Brasil temos mais de 8 milhões de estudantes no ensino superior e apenas 8,75% deles estão estagiando. 

Portanto, é preciso investir em oportunidades para manter o jovem em sala de aula, inserido no ambiente corporativo e movimentando a economia. Quando incentivamos a prática do estágio, estamos ao lado do progresso e crescimento da nação! 

Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios

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