Desemprego entre jovens fecha o primeiro trimestre em 27,1%

No cenário atual, diante da pandemia do Covid-19, é possível observar efeitos dessa crise global em diversos setores. Ou seja, além de mortes, estima-se o fechamento de 195 milhões de postos de trabalho em todo o mundo. No Brasil, o número de desempregados pode chegar a 25 milhões, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

Nesse sentido, a taxa de desocupação da população brasileira de 18 a 24 anos passou de 23,8%, no 4º trimestre de 2019 para 27,1% no 1º trimestre deste ano. Aliás, um número bem acima da média geral de 12,2% do país no período. Os dados são da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 15 de maio. 

Diante dessa situação de desemprego, esses jovens enfrentam maiores dificuldades para a manutenção dos gastos pessoais e intelectuais. “A falta de oportunidades para essa faixa etária confronta diretamente a educação. Em nosso país, a maioria dos estudantes precisa trabalhar para pagar a faculdade. Sem uma chance no mercado corporativo, muitos desistem da aprendizagem por falta de condições financeiras. Assim, não conseguem se qualificar para oportunidades futuras na carreira”, explica o presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios, Seme Arone Junior.

Estágio como alternativa para minimizar o impacto na educação

Logo, ao afetar o mercado de trabalho, os impactos se alastram. Um exemplo é a sequela na educação frente ao crescimento na inadimplência nas instituições de ensino superior em São Paulo. Esse número aumentou 71,1%, só na primeira quinzena de abril, comparado ao mesmo período do ano anterior, conforme a pesquisa da Semesp – Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo.

A alternativa para esse problema é a permanência e a inserção dos universitários por meio do estágio. Afinal, ele receberá uma bolsa auxílio enquanto estiver estudando, incentivando-o e mantendo-o na sala de aula. Mesmo com a pandemia isso é possível. Perante o isolamento social, para evitar a propagação do vírus, foi publicada a Medida Provisória 927/2020: é permitido estagiar em home office. Ainda assim, é necessário um supervisor para a orientação das tarefas, como recomenda a Lei 11.788/2008. Afinal, se trata de um ato educativo supervisionado.

Dessa forma, continua-se movimentando o país e o ensino. Ou seja, é uma maneira de minimizar os efeitos, em todas as esferas, visando a conjuntura pós-pandemia. 

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