Geração Nem Nem

Um número representativo de jovens no Brasil não estudam e nem trabalham. Conhecidos como a Geração Nem Nem, reforçam a necessidade de uma abertura maior de vagas de estágio, impulsionando assim a inclusão social no país!

O índice de pessoas de 16 a 29 anos nessa condição cresceu nos últimos dois anos, chegando a 25,8% em 2016. Ou seja, eram 11,6 milhões de indivíduos nessa modalidade. Desse total, 61,6% nem ao menos procuravam uma colocação. Assim revela a “Síntese de Indicadores Sociais 2017”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os jovens brasileiros considerados nem-nens têm três motivos principais para se manterem nessa situação. O primeiro acusa as barreiras de motivação interna, ou seja, falta de vontade para retomar as atividades econômicas e sociais. O segundo ocorre quando, mesmo tendo a intenção de regressar a uma instituição de ensino e ao quadro de colaboradores de uma organização, não conseguem por não terem as ferramentas necessárias para dar esse passo. Por último, mesmo quem se esforça para estudar ou trabalhar, desiste por conta de barreiras externas, como poucos recursos financeiros ou qualificação, por exemplo.

Logo, o estágio entra como importante instrumento de inserção dessa parcela da população, pois exige do jovem estar regularmente matriculado no ensino médio, técnico, superior ou tecnólogo. Além disso, propicia sua vivência no mercado de trabalho, compensando com uma remuneração. Assim, possibilita a esse aluno arcar com os custos de sua aprendizagem e locomoção.

Hoje, segundo dados do último Censo Inep/MEC, temos mais de 17 milhões de estudantes aptos a estagiar, contudo, um estudo da Abres aponta para apenas um milhão estar, de fato, exercendo essa atividade. Com isso, quanto mais chances as corporações concederem a essa mão de obra, mais ganharão em termos de produtividade e energia em seus times, além de impactar positivamente a inclusão no país!

Seme Arone Junior é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios

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