Como jovens utilizam o valor da bolsa-auxílio?

Hoje, grande parte dos brasileiros não tem acesso à educação. Segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), 15,7% dos jovens entre 15 e 24 anos estão fora da escola. Entre 18 e 24 anos, fase de ingressar em uma universidade, 70% não estudam. De 15 a 29 anos, um em cada cinco não frequenta uma instituição de ensino e não trabalha.

Diante desse cenário, o estágio se torna um importante meio para diminuir tamanha evasão. Uma pesquisa realizada pelo Nube Núcleo Brasileiro de Estágios, entre 13 e 24 de novembro de 2017, acentua essa afirmação. Dentre os 21.435 respondentes, 34,89%, ou seja, 7.479, utilizam o valor ganho com a bolsa-auxílio para custear a mensalidade de seu curso.

Outro dado interessante é o fato de 42,36%, ou 9.080 votantes, reverterem a quantia para colaborar com a família. Com o atual cenário econômico e político do país, a juventude teve de ir em busca de novas oportunidades, também para compor a renda dentro de casa. Essa estatística mostra maior maturidade e responsabilidade por parte dos jovens.

Outros fins destinados ao pagamento foram para a realização de cursos extracurriculares (12,76%), compra de material acadêmico ou livros (3,88%), aquisição de roupas, sapatos ou para o lazer (3,2%) e pagamento do plano de saúde ou consultas, dentistas (2,91%).

O estudo reitera como estagiar, além de trazer todo um desenvolvimento profissional, pois agrega teoria e prática, também promove independência financeira e autonomia para a faixa etária mais afetada pelo desemprego.

Portanto, se você iniciou seus estudos e ainda não está em busca de uma colocação, reflita melhor sobre os ganhos obtidos com essa vivência.

Boa sorte!

Seme Arone Junior é presidente da Abres Associação Brasileira de Estágios

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