Segundo levantamento, reajuste desacelerou para 6,2% em 2014, ante alta de 7,5% em 2013, enquanto oferta de benefícios como plano médico, odontológico e alimentação, cresceram

Os reajustes nos valores das bolsas de estudo para estagiários teve um crescimento de 6,2% em 2014, perdendo força em relação ao ano anterior, quando a alta média na remuneração era de 7,5%. Os dados são do estudo Bolsa Estágio 2015, desenvolvido pela Carreira Muller, empresa especializada em gestão de Recursos Humanos,

Apesar da baixa nos reajustes, a oferta de vagas está cada vez mais direcionada para estagiários de nível superior, na comparação com o número de vagas para nível médio. A preferência pelo ensino superior subiu de 70% para 85% das vagas.

Outra tendência apontada no estudo do ano passado, que se confirmou em 2015, é a oferta de cesta de benefícios estendida aos estagiários por 75% das empresas. Entre elas, mais de 50% oferecem gratuitamente o benefício, percentual relevante, uma vez que a lei vigente permite abatimentos proporcionais. A outra metade oferece o benefício nos mesmos moldes que os demais funcionários. Os principais são plano médico, odontológico e alimentação, além do transporte e refeição.

Apesar do contrato de estágio não gerar vínculo empregatício, há um interesse cada vez maior em atrair talentos e por isso até mesmo o pagamento de 13º salário e PLR para os estagiários vem sendo adotados. A adesão ao último, porém, foi reduzida de 40% das empresas em 2013, para 23% em 2014.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), Ministério da Educação (MEC) e da Associação Brasileira de Estágios (Abres), em todo o país há mais de 8 milhões de alunos cursando o ensino médio técnico e ensino superior. Desses, cerca de 740 mil tem contrato de estágio em vigor.

Em vigor desde 25 de setembro de 2008, a Lei 11.788 regulamenta o estágio no país e define o que é obrigação das empresas em relação aos direitos trabalhistas, embora sua prática não crie vínculo empregatício.

A pesquisa foi realizada levando em consideração os níveis de estágio técnico, superior e superior em engenharia e contemplou mais de 18.000 estagiários de cerca de 1.000 organizações multinacionais e nacionais, que hoje operam em todo território brasileiro.

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