Estagiários ganham até R$ 1.022,30

O Núcleo Brasileiro de Estágios – Nube realizou a mais ampla
pesquisa “Valores pagos aos estagiários do Brasil” e revela a média de
bolsa-auxílio paga por empresas de pequeno, médio e grande porte em
2010. O levantamento foi feito com 16.328 estagiários de diferentes
níveis do país, entre 22 de março a 23 de abril. Todos os participantes
têm os contratos assinados de acordo com as regras da nova Lei do
Estágio, nº 11.788/08.

A média de bolsa-auxílio geral, ou seja,
considerando todos os níveis, é de R$ 683,33, registrando uma queda de
3,2% em relação ao ano passado. “Os motivos são a queda no valor pago
aos alunos do nível médio e a redução da jornada diária dos estagiários
de 8 horas para 6 horas”, explica Carlos Henrique Mencaci, presidente
do Nube.

Os estudantes de nível superior recebem média de R$
765,25, caindo 5,03% de 2009 para 2010. Considerando os cursos,
Engenharia segue pelo terceiro ano consecutivo como o primeiro do
ranking com remuneração maior, pagando R$ 1.022,30. Em segundo lugar
está Relações Internacionais (em 2008 não aparecia na lista dos dez com
melhor bolsa e em 2009 ocupava o sétimo lugar), com R$ 1.008,38. Em
terceiro vem Economia, mantendo a mesma posição do ano passado, apesar
de um aumento de 12,37% na bolsa-auxílio, agora em R$ 999,27.


para o nível superior tecnólogo, a média é de R$ 702,40, com um
declínio de apenas 0,66%. Secretariado, com bolsa-auxílio de R$ 958,98
estreia na lista já em primeiro lugar, deixando o curso de Mecânica em
segundo, com R$ 906,03. A terceira posição ficou para a área da
Construção Civil, pagando R$ 896,95.

O ensino médio foi o mais
atingido, sofrendo redução de 8,55%, com uma média de R$ 385,00. Uma
das causas se deve ao artigo 17 da nova lei, que limita a contratação
dos jovens desse nível em apenas 20%. Segundo dados do Inep/MEC, há no
Brasil 8.337.160 e de acordo com dados da Associação Brasileira de
Estágios – Abres, apenas 250 mil desses estudantes consegue estagiar, o
equivalente a 3% do total. “Em razão da demanda ser muito superior à
oferta, o mercado acaba pagando menos”, explica Seme Arone Junior,
presidente da entidade. No ensino superior a situação não é tão
diferente: são 650 mil estagiários para 5.080.056 matriculados, ou
seja, meros 12,8% conseguem uma colocação.

Consolidando o
crescimento do nível médio técnico, a pesquisa registrou aumento de
10,81% na média, atualmente em R$ 517,70. Construção Civil, no topo da
lista em 2009, caiu para terceiro, com R$ 620,83 de bolsa-auxílio,
dando lugar à sua frente para o curso de Química, com R$ 693,51 e
Segurança do Trabalho, com R$ 685,31.

Conheça os dez cursos com as melhores bolsas-auxílio no Brasil, separados por nível:

Nível Médio Técnico:
1) Química: R$ 693,51
2) Técnico em Segurança do Trabalho: R$ 685,31
3) Construção Civil: R$ 620,83
4) Mecânica: R$ 615,93
5) Eletrotécnica: R$ 562,27
6) Edificações: R$ 562,24
7) Automação Industrial: R$ 548,35
8) Mecatrônica: R$ 543,95
9) Telecomunicações: R$ 536,56
10) Informática: R$ 511,74

Nível Superior:
1) Engenharia: R$ 1.022,30
2) Relações Internacionais: R$ 1.008,38
3) Economia: R$ 999,27
4) Química: R$ 897,45
5) Arquitetura e Urbanismo: R$ 896,35
6) Biblioteconomia: R$ 883,60
7) Nutrição: R$ 880,40
8) Estatística: R$ 864,70
9) Ciências Atuariais: R$ 817,61
10) Matemática: R$ 802,12

Nível Superior Tecnólogo:
1) Secretariado: R$ 958,98
2) Mecânica: R$ 906,03
3) Construção Civil: R$ 896,95
4) Mecatrônica Industrial: R$ 831,89
5) Processamento de Dados: R$ 791,03
6) Comércio Exterior: R$ 788,79
7) Gestão Ambiental: R$ 772,46
8) Tecnologia em Alimentos: R$ 765,00
9) Sistemas de Informação: R$ 655,00
10) Redes de Computadores: R$ 627,00

Para
Eva Samanta Buscoff, analista de treinamento do Cedep, Centro de
Desenvolvimento Profissional, optar por determinada carreira visando
somente o ganho financeiro não é uma boa ideia. “A escolha da formação
precisa respeitar as atividades e áreas com as quais haja verdadeiro
interesse e afinidade. Seguindo esse caminho, o jovem terá muito mais
motivação para frequentar aulas e aplicar o aprendizado à realidade da
empresa”, diz ela.

Ana Paula Santos está no segundo ano de
Administração e é estagiária da Total IP, empresa de telecomunicações
voltada para o mercado corporativo. Sua escolha parece ser definitiva.
“A preocupação com a situação financeira existe em qualquer profissão.
E, para mim, a resposta a essa questão é o nosso empenho e
aperfeiçoamento profissional, para conquistar espaço”, afirma a
universitária.

Apesar da quantidade de estudantes ser muito
superior à oferta de vagas de estágio, os candidatos mais bem
preparados conseguem se inserir no mercado de trabalho. “Atualmente, as
empresas valorizam os jovens talentos, efetivando os melhores
estagiários ainda durante o período acadêmico”, reforça Mencaci.

Sobre o Nube


12 anos no mercado, o Nube é um agente de integração responsável pelo
processo de estágio desde o cadastramento do estudante até a sua
efetivação pela empresa. Possui 5 mil empresas clientes, 8,5 mil
instituições de ensino conveniadas em todo o país e já colocou mais de
250 mil estagiários no mercado de trabalho. Também administra toda a
parte legal e realiza o acompanhamento do estagiário por meio de
relatórios de atividades semestrais. Anualmente, são realizadas 6
milhões de ligações, enviados 1,2 milhão de SMS e  360 mil
encaminhamentos de candidatos. O banco de dados conta com 2 milhões de
estudantes cadastrados, que podem concorrer às milhares de
oportunidades de estágio oferecidas mensalmente. O cadastro é GRATUITO
e pode ser feito no site www.nube.com.br

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