As melhores épocas para conseguir um estágio são nos três primeiros meses do ano e no início do segundo semestre. Por isso, os jovens devem aproveitar esse período para se inserir no concorrido mercado de trabalho. Em todo o Brasil, estão previstas 45 mil vagas para os 13,1 milhões de estudantes de nível médio, técnico e superior.
Por conta da reposição de postos de parte dos estagiários que se forma no meio do ano, as contratações aumentam. “Quem correr atrás agora, com certeza vai sair na frente na disputa por uma oportunidade de estágio”, explica Seme Arone Júnior, presidente da Associação Brasileira de Estágios (Abres).
Arone Júnior ressalta que fazer estágio logo no início da faculdade é uma boa estratégia para a carreira. “Dessa forma, o jovem tem a chance de conhecer melhor a rotina da profissão escolhida e confirmar se é realmente o que deseja fazer”, diz. Deixar para estagiar no último ano pode ser tarde demais. “Caso as atividades diárias não sejam exatamente o imaginado, o estudante já perdeu muito tempo”, completa.
Com a aprovação da nova Lei do Estágio, nº 11.788/08, as empresas continuam contratando estagiários, pois ganharam maior segurança jurídica, isenção de encargos sociais como o FGTS, INSS, 13º salário, verbas rescisórias, 1/3 sobre férias e aviso prévio. “A dois meses da nova lei completar um ano, as organizações já se adaptaram às mudanças e o setor só não está mais aquecido em função da crise mundial”, afirma Arone Júnior.
O estágio ainda segue como a melhor política pública de inserção do jovem no mercado de trabalho, pois financia o estudante e o mantém na escola. “Um ponto positivo é que, além de ser um trabalho social, proporcionar essas oportunidades de experiência reverte na perpetuação da organização”, conclui Arone Júnior. Dados da Abres mostram que há 900 mil estagiários no Brasil, sendo 650 mil do nível superior e 250 mil do ensino médio e médio técnico.
A Associação Brasileira de Estágios tem como objetivo promover e divulgar o estágio junto às comunidades no Brasil, estimulando a formação profissional de jovens estudantes como agentes inovadores, enquanto treinados e inseridos no mercado de trabalho. Promove ações que propiciam manter a existência legal de agentes de integração, conforme a legislação vigente, com ou sem fins lucrativos. Fundada há cinco anos, a empresa congrega os principais agentes de integração do Brasil.