Pesquisa aponta que 11% das empresas devem cortar estagiários

Nova lei também irá levar a redução do valor da bolsa-auxílio, segundo levantamento da Watson Wyatt

Diante das mudanças causadas pela nova lei do estágio, uma pesquisa realizada pela Watson Wyatt aponta que 11% das empresas pretende reduzir o número de estagiários. O levantamento foi realizado pela consultoria, especializada em RH e remuneração, com 190 companhias de diversos segmentos.

Dentre as empresas entrevistadas, 66% afirmaram que devem realizar as alterações previstas pela legislação somente na renovação do contrato do estagiário e 34% se adequarão imediatamente. A nova lei foi sancionada em setembro e criou regras como a limitação da carga horária em seis horas diárias, direito a férias remunerada e vínculo da atividade desempenhada com o projeto pedagógico do curso, entre outros pontos.

Por conta da redução da carga horária, 56% das empresas disseram que pretendem diminuir o valor pago na bolsa-auxílio, já que ele está atrelado às horas do estágio.

Já outros benefícios, como assistência odontológica, vale-transporte e ticket refeição e estacionamento serão mantidos, sem alterações. Das empresas ouvidas, em poucos casos, haverá redução do número de estagiários, seja por efetivação imediata ou desligamentos, ao término do contrato. O levantamento, realizado em novembro, mostra também que atualmente 71% das empresas participantes não concedem 13º salário aos estagiários.

Os resultados da pesquisa da Watson confirmam  a previsão da
Associação Brasileira de Estágios (Abres). Segundo o diretor-presidente da entidade, Seme Arone Junior, 220 mil vagas deixarão de existir no País com a nova legislação.

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