A nova lei do estágio pode entrar em vigor em breve no país. Falta apenas a sanção presidencial à proposta aprovada na Câmara Federal, na última quarta-feira, para que a atividade ganhe novo formato e mais direitos.
Mesmo com custos extras que a lei trará para empregadores o que pode fazer com que se reduza um pouco as vagas no começo a médio e longo prazo a legislação vai incentivar os estágios, acredita Ricardo Romeiro, gerente nacional do programa de estágio do Instituto Euvaldo Lodi, da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Mesmo onerando um pouco os estágios, ao criar as férias remuneradas de 30 dias para os estudantes, a proposta é considerada um avanço.
Trará segurança jurídica para as empresas, que no futuro não poderão responder por processos trabalhistas, e por estagiários, que terão mais direitos e não devem mais viver abusos, os chamados casos de “escragiário” acrescenta.
A Associação Brasileira de Estágios (Abres) estima que o número de estagiários de nível superior será mantido (atualmente são 715 mil). No entanto, pode haver diminuição no Ensino Médio, avalia o presidente da entidade, Seme Arone Junior. No geral, porém, a mudança é considerada positiva porque evitará abusos e reforçará o estágio como aprendizado, e não como mão-de-obra barata.