Engenharia cresce e atrai com boa remuneração

GESTÃO É A ÁREA EM QUE AS EMPRESAS MAIS ABREM VAGAS DE ESTÁGIO E TRAINEE

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
EDUARDO CAMPOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Aproveitando a safra de formandos de 2008, acaba de começar a temporada de boas ofertas de estágio e trainee, embora muitos selecionadores recebam currículos o ano todo.
A Abres (Associação Brasileira de Estágios) estima que as empresas ofereçam 55 mil vagas de estágio no país (www.nube.com.br), número levantado com centros de integração entre mercado e universidades -não há pesquisa para trainees. Confira, nas páginas 9 e 12, 5.334 vagas para ambos, levantadas pela Folha.
O número de vagas de estágio cresceu 10% em relação a 2007, segundo o Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios).
Administração é a área que mais recruta, e a construção civil puxa o aumento da demanda, avalia Seme Arone Junior, 41, presidente da Abres.
É no setor de engenharia que está a maior média de remuneração (R$ 1.469) -a nacional para estudantes de nível superior é de R$ 761, diz o Nube.
“Áreas ligadas à tecnologia devem continuar crescendo”, diz Eduardo Sakemi, 45, superintendente de tecnologia da informação e da educação do Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola), que prevê 6.316 novas vagas no país.
A falta de profissionais especializados em novas tecnologias também faz crescer o interesse por mais trainees. “Empresas estão investindo mais na formação de talentos, especialmente em engenharia e tecnologia”, diz Rudney Pereira Jr., gerente da Foco Talentos.
A área de engenharia tem a segunda melhor média de remuneração de trainees na Grande São Paulo: R$ 2.185 -a maior é a do setor industrial, que paga R$ 2.275, segundo pesquisa da consultoria Catho com 12 mil empresas (2007). A média nacional é de R$ 1.756, mas o salário de um trainee pode chegar a até R$ 4.500.
O estudo também detectou que, se antes o programa era exclusividade de grandes grupos, hoje já é realizado também em empresas menores.
Mas, antes de conquistar a vaga, o estudante deve treinar competências para enfrentar a maratona de testes. Confira, nesta edição, as dicas dos “treinadores” -consultores de RH e selecionadores das empresas.

Plano de continuidade diminui risco em catástrofe
Aulas dão noções de elaboração de estratégias e procedimentos

MILENA UATI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Terremotos, acidentes aéreos, furacões, ataques terroristas, greves, falta de energia: pode uma empresa sobreviver a tamanhas intempéries? A resposta, de acordo com os profissionais de continuidade de negócios -especialistas em prever situações de risco que possam “tirar do ar” o negócio da empresa-, é “certamente”. Para isso, a cada risco identificado, desenvolvem um plano de ação para reduzir as chances de haver falhas e descrevem procedimentos a serem seguidos em uma emergência. Uma das preocupações crescentes das empresas em termos de gerenciamento de risco é a adequação a padrões internacionais de gestão da segurança de informação. Entre eles, destacam-se as certificações ISO 27001 e a BS-7799-2:2002, que demandam planos de continuidade de negócios. Esses assuntos são abordados no curso Business Continuity Management (Gestão da Continuidade de Negócios), oferecido pela Daryus e acompanhado pela Folha.
Teoria e prática
Com aulas expositivas e exercícios práticos, o curso visa a proporcionar a conceituação necessária para a elaboração de um plano de continuidade. Análise de impacto nos negócios -conhecida pela sigla em inglês BIA- e gestão de continuidade e riscos corporativos são outros temas abordados. “Profissionais que atuam na área estão valorizados”, afirma o consultor Jefferson D”Addario, professor do curso. “A experiência do instrutor e as discussões entre os participantes do curso foram pontos positivos fundamentais”, destaca o participante Antonio Guedes, gerente da divisão de produção e segurança da Cassi. Gestores que pretendem implantar um projeto de continuidade em suas empresas e que buscam desenvolver suas carreiras são os principais freqüentadores do curso. Para um melhor aproveitamento, é recomendável ter conhecimentos de continuidade e processos de negócios, TI, normas internacionais de gestão de segurança de informação e noções de inglês.

A analista de sistemas Milena Uati fez o curso por intermédio da Folha e a convite da Daryus

Fonte: Folha de São Paulo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *