Bolsa nem sempre paga a mensalidade

São Paulo. Como as vagas são escassas, a disputa por um lugar no
mercado começa cada vez mais cedo. Segundo Oliveira, para conquistar
seu espaço o estudante deve fazer cursos, estar atualizado, ter cuidado
com a apresentação pessoal e cumprir horários. ´A maioria dos jovens
sabe a receita, mas é preciso colocá-la em prática´, alerta.

Estudante de administração de empresas na Universidade Paulista (Unip),
Jéssica Letícia da Silva Santos, de 18 anos, conquistou sua vaga há
oito meses. ´Essa é minha primeira experiência profissional´, diz
Jéssica, que ganha bolsa de R$ 500 por mês. ´Atendo clientes e trabalho
com a documentação de sinistros. Se puder, pretendo continuar por aqui.´

Mas
nem sempre quem freqüenta a universidade topa trocar um emprego formal
por um estágio. Carlos Henrique Mencaci, lembra que boa parte dos
universitários vem das classes mais baixas da população e paga para
fazer faculdade. ´O salário é importante para pagar as contas. Sem ele,
o jovem não pode continuar estudando.´

Mencaci diz que a
situação impede que o estudante aceite um estágio com baixa
remuneração. A bolsa-auxílio, segundo ele, nem sempre paga as
mensalidades. O resultado é que o jovem faz a faculdade, mas permanece
ligado à outra área de atuação. Quando chega ao mercado, depois de
formado, tem dificuldades para conseguir o primeiro emprego.

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