Pesquisa registra aumento de até 40% na bolsa-auxílio de estagiários

RIO
– O valor da bolsa-auxílio dos estagiários sofreu um reajuste de até
40% em três anos, revelou uma pesquisa realizada pelo Núcleo Brasileiro
de Estágios (Nube), agência de integração empresa-escola, que está
vinculada à Associação Brasileira de Estágios (Abres). De acordo com o
estudo, engenharia,
administração, secretariado-executivo, ciências econômicas e física são
as cinco carreiras de nível superior que melhor remuneram seus
estagiários

.Os resultados mostram que a média da bolsa-auxílio é de R$ 429,94 para
os estagiários de nível médio, R$ 498,37 para médio-técnico e de R$
760,78 para o ensino superior. (Veja
a lista completa das bolsas-auxílio)

Segundo
o presidente do Nube, Seme Arone Júnior, a atividade econômica
influenciou esse aumento, principalmente em setores como o de
construção civil, automobilístico, petroquímico, agrobusiness,
informática e siderúrgico. Nesse contexto, no nível superior a
engenharia foi a profissão mais beneficiada.

– Nunca se vendeu tantos imóveis como agora. Muitas empresas
já estão encontrando dificuldade de achar mão-de-obra. No entanto,
esses períodos de pico são cíclicos. Outras carreiras podem estar “em
alta” no futuro – explica Seme – Outras profissões como ciências
contábeis, estatística, economia e, curiosamente, biblioteconomia,
também estão pagando bem – completa

Total de vagas cresceu 10% em um ano

No
Brasil, o aquecimento da economia também fez o número de vagas nas
empresas aumentar. Segundo dados da Associação Brasileira de Estágios
(Abres), o total de estagiários no país registrou crescimento de 10% no
último ano. Atualmente, há 1,1 milhão desses jovens nas empresas, sendo
715 mil do ensino superior e 385 mil, do nível médio/técnico. No ano
passado, eles eram um milhão no total.

Apesar do avanço, conseguir estágio no Brasil ainda não é
tarefa fácil. Os 715 mil estagiários de nível superior representam
menos de 20% dos 4,6 milhões de universitá$no país. A níveis médio e
técnico, o problema é ainda mais grave. São 8,9 milhões de alunos para
as 385 mil vagas. Ou seja, apenas 4% dos estudantes desse nível fazem
algum tipo de estágio. (Leia
a matéria na íntegra no Globo Digital – somente para assinantes)

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